Capítulo 20

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Eu descobri que odeio treino com espadas

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Eu descobri que odeio treino com espadas. Todo o meu corpo dói e eu não sei se algum dia conseguirei andar normalmente de novo. Lutar exige muito do físico de uma pessoa, e digamos que o meu porte físico não é lá essas coisas. A minha má alimentação, juntamente com a falta de exércícios, me transformou numa pessoa fraca e sedentária.

Eu não sou gorda, mas também não sou magra. Sou aquela que é considerada mais ou menos. Tenho uma estatura mediana, com mais ou menos 1,67 de altura. Os meus braços e pernas são magros, e eu tenho uma barriguinha um pouco saliente. Zero músculos. Eu estou realmente condenada.

— A mãe disse que a espada das quatro cores saberá o que fazer. Estes treinos são realmente necessários? - perguntei a Luciano.

Estamos sentados na grama, debaixo da mangueira ressuscitada, nos refrescando com uma limonada que o próprio Luci fez. Jujuba se diverte correndo atrás de algumas borboletas.

— Não confie 100% na espada. Assim como sistemas tecnológicos, objetos mágicos também podem falhar.

— Mas por que? É mágico! Deveria ser 100% eficiente.

— Porque nem tudo é 100% perfeito.

— Entendi. Nada é 100%.

Ele sorriu.

— Nem mesmo os sabonetes que prometem eliminar bactérias.

Ri alto, chamando a atenção de Jujuba, que olhou para mim com as suas orelhinhas levantadas. Mas logo ela voltou para a sua aventura com as borboletas.

— Obrigada, Luci. Por tudo. Nada que eu vá fazer vai pagar o que você tem feito por mim. Então, a única coisa que posso oferecer é a minha gratidão.

— Fique bem - suspirou. — Esse será o seu pagamento.

Encostei no tronco da árvore e fechei os olhos. A natureza soprou uma leve brisa, acariciando o meu rosto e esvoaçando o meu cabelo, me proporcionando um relaxamento tão bom, que me deu vontade de dormir.

— Vamos voltar a treinar - Luci chamou e eu choraminguei.

— Eu não aguento levantar um canivete, quem dirá uma espada.

— Vamos, Helena. Deixe de corpo mole.

— Tenha dó, Luci. Eu preciso de um pouco de descanso.

— Já descansamos.

— Só mais um pouco.

— Vai pedir descanso para o rei do submundo quando ele estiver quase destruindo a humanidade?

Abri os olhos e olhei para ele com um aspecto tedioso.

— Você é chato, sabia?

— Vamos, levanta.

Revirei os olhos e fiz o que ele pediu. As minhas pernas reclamaram do esforço que fiz para me manter de pé. Mas ao menos consegui deixar o corpo ereto, como se uma dor insuportável não tivesse se instalado na minha coluna. Fiz careta, mas resisti.

Minha PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora