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POV JOHN B

- Sarah? — uma enfermeira se aproxima com um semblante preocupado e Sarah levanta o olhar

- Ela está sangrando — falo desesperado e a mulher nos encara como se já soubesse que isso ia acontecer.

- Preciso que venha comigo — a mulher fala segurando a mão de Sarah — consegue andar?

- Consigo — ela fala nervosa

- Você é o pai? — a mulher pergunta e eu concordo com a cabeça

- Sou.

- Precisaremos conversar sobre essa gravidez da Sarah — ela fala me analisando e eu concordo mais uma vez — vou levá-la para dentro e preciso que você espere aqui — ela fala seguindo para uma sala e eu ando atrás dela

- Como...? Porque eu não posso entrar

- Nesse estado você vai assustar mais a Sarah e a última coisa que ela precisa agora é ser assustada — a mulher fala e eu paro de andar, me jogando em uma cadeira na recepção

A mulher entra em uma sala e eu fico andando de um lado para o outro na recepção do hospital.

Eu não vou conseguir relaxar até ter notícias de Sarah e do meu filho.

- John B — a voz de JJ se faz presente.

Ele parece ter chorado o caminho inteiro para cá, o que não me surpreende porque sua irmã estava mal, muito mal. Em outras circunstâncias eu estaria grudado em JJ e Blair até ter notícias da minha melhor amiga, mas eu estou tão preocupado com o meu filho que não consigo pensar em outra coisa.

- Oi — falo abraçando o meu melhor amigo. Eu não sabia que precisava tanto do abraço de JJ até abraçá-lo — como a Blair está?

- Ainda não sabemos — ele fala — estão todos vindo para cá... acabei de doar sangue para ela, que estava perdendo muito sangue.

- Ela vai ficar bem — falo respirando fundo

- A Kie me falou sobre a Sarah — JJ comenta cuidadoso — como ela está?

- Ainda não sei — falo sentindo o nó na minha garganta novamente — ela acabou de entrar, ela estava sangrando muito.

- Vai ficar tudo bem com ela, irmão — JJ segura meu ombro — ela e o bebê são fortes, principalmente ela.

- Verdade — falo deixando uma risada escapar

- Daqui a alguns meses teremos um mini John B ou uma mini Sarah por aqui, correndo e causando problemas com a gente — JJ fala

- Você vai ser um péssimo exemplo para o meu filho — falo rindo da cara de ofendido que JJ fez

- Mentira, eu vou ser o melhor tio que o seu filho vai ter — JJ brinca — nada de péssimo exemplo, talvez eu vire até uma pessoa responsável.

- Será que as crianças gostam de você?

- A Kat me ama, seu filho vai me amar também — JJ da de ombros e a enfermeira aparece entre nós.

- John B — ela fala com um sorriso — a Sarah e o bebê estão bem, foi apenas um sangramento pela Sarah ter passado por fortes emoções. — a mulher fala e eu solto o ar que nem sabia que estava prendendo.

JJ abre um sorriso e se afasta, indo na direção de onde veio.

- Eu posso vê-la?

- Pode sim — ela fala sorrindo — ela terá que ficar de repouso durante um tempo e não poderá fazer grandes esforços durante a gravidez.

- Tudo bem, sem esforços — falo sorrindo e andando em direção à uma sala, onde estava Sarah deitada numa maca ao lado de uma máquina.

- Está tudo bem — ela fala sorrindo quando me vê e eu interrompo qualquer coisa que ela vá falar depois porque a beijo com paixão e calor.

- Eu sabia que ia ficar tudo bem — falo saindo do nosso beijo — deu tudo certo com o nosso bebê.

- Bom, mamãe e papai — a enfermeira fala — Tenho algumas recomendações para dar a vocês sobre o decorrer da gravidez.

- Sim senhora — Sarah fala ainda deitada na maca.

- Não quero a senhorita perto de drogas e qualquer coisa do tipo — a mulher fala e Sarah concorda com a cabeça — Preciso que você faça repouso, você não pode fazer muitos esforços e nem sofrer emoções muito fortes, essa gravidez é de risco, Sarah e o seu bebê já se arriscou demais. Ele é muito forte por ter sobrevivido até aqui, completando dois meses.

- Não vou deixar ela fazer nada que a prejudique, prometo — falo segurando a mão de Sarah

- Você precisará vir aqui uma vez por semana para checar o bebê, em casos normais você só viria uma vez por mês, mas como é uma gravidez complicada precisaremos monitorar.

- Ok

- E por último, Sarah — a mulher respira fundo — pelo seu histórico, seria importante que você encontrasse alguma psicóloga, podemos encontrar alguma para você — a enfermeira fala carinhos — Você e o seu bebê já passaram por muita coisa e agora você precisa se cuidar e cuidar dele.

- Entendo — Sarah respira fundo — eu aceito alguma psicóloga se tiver por aqui.

- Se você quiser, posso marcar com a nossa psicóloga clínica — a mulher fala pegando alguns papéis — e você pode se consultar com ela quando vir para cá checar o bebê.

- Para mim está ótimo — Sarah força um sorriso e eu aperto sua mão.

- Bom! Vou checar mais uma vez o bebezinho, agora na presença do pai — a enfermeira fala sorrindo

Quando ela liga a máquina e começa a passar algo pela barriga de Sarah, mostrando um borrão, eu sinto meus olhos marejados.

É o borrão mais lindo que eu já na minha vida.

- Esse é o bebê de vocês — a enfermeira aponta para a tela e eu ainda vejo apenas um borrão, mas ainda é um borrão lindo.

Estou chorando feito um bebezinho olhando a tela e as lágrimas apenas se intensificam quando escuto algo forte e contínuo.

- Esse é o coraçãozinho dele — a enfermeira fala — e ele está bem e saudável.

Respiro fundo e vejo Sarah fazer o mesmo.

- Finalmente temos certeza de que o nosso bebê está vivo — Sarah sorri — e bem.

- Ele é mais forte do que nós pensamos — a enfermeira fala

- Com certeza — falo em meio a uma risada — apenas dois meses e essa sementinha já passou por muita coisa.

- Talvez mais do que já passamos a vida inteira — a enfermeira falou

- Duvido um pouco, viu? — Sarah brinca

A enfermeira desliga o aparelho e Sarah de senta na maca, me olhando com um sorriso sincero no rosto e ajeitando seu vestido.

- Vou deixar vocês dois sozinhos um pouco — ela sai sorrindo

Quando a enfermeira fecha a porta, Sarah pula da maca direto para o meu colo, me abraçando com força.

- Nosso bebê está bem — falo segurando em seu rosto — nosso bebezinho. Sarah, vamos ter um filho! Vamos ter um bebê! 

- Sim — ela fala sorrindo em meio a algumas lágrimas de emoção.

Distribuo beijos por todo o rosto de Sarah e depois desço os beijos para a sua barriga.

- Oi bebê — falo sorrindo e Sarah da uma risada — agora tenho total certeza de que você está bem e graças a Deus você ainda está aí. Me promete que não vai dar mais sustos como esses e me promete também que vai me amar?

- Claro que ele vai te amar, John B — Sarah ri — você é o pai dele.

- Eu sou o pai — falo sorrindo — eu sou pai, meu Deus!

Sarah gargalha com a minha reação e sobe meu rosto, me beijando devagar e sorrindo em meio aos beijos.

- Te amamos, papai

SECRETOnde histórias criam vida. Descubra agora