O Acidente

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Levando em consideração eu ter escrito essa estória aos meus quinze anos de idade, não está péssima. Não se trata de ter o melhor desenvolvimento, mas é legível e até agradável para muitos.
Decidi postar algumas obras durante esse ano e ano passado, pois elas estavam mofando e se passou pela minha cabeça que talvez alguém pudesse encontrar conforto lendo-as

🦇: Narrado por mim. Contém violência.

Prólogo 🌒

                                 ———

– Pai, o senhor não pode dirigir! - Jungkook ralhou bravo com o pai adotivo, que insistia em dar uma volta de carro mesmo sem habilitação. - A polícia quase prendeu seu carro semana passada e você levou uma multa cara.

Jeon Jungkook podia ser mesquinho e chato em muitos quesitos, mas quando se tratava de sua família ele se importava demais. Ele se lembrava até hoje do dia... ah aquele dia, o qual ele foi deixado na frente do orfanato da cidade de Gangar. Quando aconteceu ele ainda era uma criança, tinha apenas oito anos de idade, e não entendia o porque de sua mãe o deixar ali, sozinho e sem família.

– Jungkook, não me impeça. - Pegou a chave no gancho ao lado da porta e abriu-a. - Só vou dar uma volta pela praça para espairecer. - Se virou para o filho, dando um sorriso forçado e triste.

Jungkook sabia que ele não iria para a praça coisa alguma; não iria espairecer nada. Ele iria se embebedar, como fazia quase todos os dias desde que sua esposa faleceu.

Jeon já tinha perdido mães duas vezes. A primeira ele entendeu depois de um tempo que era por sua mãe ter medo de si, mas e Jin-he? Ela não sabia de seu segredo, porque se suicidou e também o deixou?

Pensar nisso só o entristecia, pensar que seu pai estava se acabando em álcool, que sua mãe morreu. Mas ele tinha esperança que isso ia mudar, sabia que um dia encontraria a paz, e então não ficaria mais triste.

– Tudo bem pai. - Apertou as têmporas com os dedos e olhou para o pai. - Só toma cuidado...

– Sempre. - E então ele saiu, foi direto para a tragedia.

Trinta minutos.

Esse foi o tempo exato que fez ao que seu pai deixou a casa e seu telefone tocou. Um número desconhecido tocava sem parar, vibrando o aparelho em cima da mesa, parando apenas quando Jeon atendeu.

— Alô, falo com o filho de Daeko?

– Sim. - Respondeu para a moça na linha. - Oque quer?

— Seu pai sofreu um acidente na rodovia três, então venha rápido para o pronto socorro do centro. - Ela falou tranquila, como quem não se importa.

Jungkook nem avisou quando desligou rapidamente o telefone, correndo o mais rápido possível para fora de casa e botando as pernas para correr, a caminho do pronto socorro.

Ele já ofegava e suas pernas ainda não tinham cansado, o vento fazia com que os pinheiros escuros pela noite, balançassem e fizessem um barulho agradável para si. Parou em frente do hospital e adentrou as pressas.

– Onde está meu pai? - Perguntou, batendo no balcão da recepcionista, que o olhou em choque e assustada. -Daeko. Onde ele está?

– Sala treze com o enfermeiro Park.

Correu pelo corredor pouco movimentado e com cheiro de álcool e elástico. Odiava aquele cheiro. Adentrou a sala treze e viu seu pai na maca, recebendo soro por uma agulha grossa.

– Pai! - Foi para perto do homem, este que estava todo enfaixado e com gesso nos braços e pernas.

– Você é parente?

Sangue frio Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora