Sangue frio Jjk + Pjm

Nossos pais

🦇: Narrado por mim.

Capítulo seis 🌒

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Oque você pensaria se gostasse de uma pessoa incomum e aparentemente perigosa?

Jimin achava um absurdo. Mas não negaria que em todas as noites de lua, lembrava do moreno que o carregou nos braços fortes e firmes. Não negaria se lembrar das sensações em seu âmago, a sensação gostosa de gostar de alguém e ser mútuo.

E Jungkook queria sentir mais daquele sentimento que também estava tendo. Ele simplesmente não queria parar de sentir. Sentir aquele calor em sua pele tão fria; aquele riso que instantaneamente brotava em seus lábios toda vez que via Jimin, de agora em diante.

Sentados na sala com as mãos se acariciando, eles trocaram os mais bonitos olhares, os mais belos sorrisos.

Foi tudo tão depressa.

Tic Tac. O tempo não para.

Jungkook percebeu que deveria demonstrar seus mais pequenos sentimentos para as pessoas, ele não poderia escondê-los. Não devia. Depois de perder seus amados parentes, ele se arrependeu de não ter dado mais abraços e falado que os amava. Então agora seria diferente, faria tudo de acordo com oque seu coração pedia. Não esconderia mais seus sentimentos.

– Quando vamos ter um encontro? - Jimin perguntou, olhando para as orbes negras do vampiro.

– Quando você quiser.

– Amanhã então. - Não conseguia parar de sorrir. Não queria parar de sorrir. - Hoje eu vou dormir na casa dos meus pais. Então vou ter que te dar outro endereço.

– Tudo bem. - Retribuiu o sorriso e colocou a palma da mão no joelho de Jimin, que estava coberto por uma calça de moletom folgada. - E como são seus pais?

– Bom, minha mãe é russa, bem atenciosa e brincalhona. Adoro a mulher forte que ela aparenta ser e é. - Seus olhos brilharam de orgulho ao falar de sua progenitora. - Já meu pai é coreano, tem costumes típicos, sua mente é bem aberta, ele é atencioso e um ótimo cozinheiro.

– Vejo o tanto que você adora seus pais.

– Eu os amo. Muito. São tudo oque eu preciso e quero ter. - O sorriso no rosto de Jimin diminuiu e ele olhou para Jungkook, apertando os lábios grossos um no outro, apreensivo. - E como eram os seus?

– Eles eram adotivos. Mas me amavam com todo o coração. - Sorriu emocionado. - Minha mãe também era muito atenciosa e gentil. Amava meu pai e a mim, mais que tudo. - Então a primeira lágrima desceu. - Meu pai era um ótimo homem e um bom trabalhador, mas seu caminho desandou depois que minha mãe morreu. Mas ele ainda era ótimo.

– Que ótimo. Temos ótimas famílias então. - Passou o polegar pela bochecha do moreno, secando suas lágrimas frias. - Não chore. Eu estou aqui por você agora.

– Eu só estou emocionado.

– Bom se é por isso... pode chorar um pouco então. - Riu junto a Jungkook e enlaçou seus dedos mais uma vez. - Já está ficando tarde...

– Tem razão. É melhor eu ir. - Se levantou do sofá e ajeitou seu terno vinho escuro. - Mas... você não quer que eu te leve?

Jimin pareceu pensar um pouco. Mas apenas por alguns segundos.

– Sim! Eu não queria andar por essas ruas frias a noite. Sozinho... - Se levantou também, coçando a garganta e apertando as mãos, animado. - Vou pegar a minha bolsa e então, podemos ir. Me espere aqui. - Subiu as escadas correndo, mas acabou escorregando. Jungkook no entanto, foi mais rápido e não deixou com que Jimin caísse, o segurou em seus braços e ficou olhando para os olhos fechados do menor.

– Pode abrir os olhos. Eu te peguei. - Falou, vendo os olhinhos dele se abrindo pouco a pouco.

– Caramba... meu ci trancou.

– "Ci"?

– Uma maneira mais moderna e decente de se referir a "cu".

– Aish... não diga essas palavras obscenas. - Jungkook o levantou e o colocou de pé sobre o piso da escada. - Suba logo para pegar suas coisas.

– Tudo bem. - Riu exagerado e subiu, voltando um minuto e meio depois, com uma mochila média pendurada em seu ombro direito. - Vamos.

Jungkook assentiu, pegando a mochila do menor e a levando em seus braços. Abriu a porta e esperou com que Jimin passasse, vendo ele fechar a porta assim que o fez.

– Um cavalheiro. - Park falou, apertando o botão do térreo no elevador.

– Eu subi de escadas! - Jungkook falou indignado e inflou as bochechas, fingindo irritação. - Eu não vi o elevador.

– Você deve ter entrado pelo outro lado. Mas não tem problema, agora você sabe que tem um elevador. - Jimin enlaçou o braço no de Jungkook e apoiou a cabeça em seu ombro. - Esse elevador demora tanto...

– Tenha calma. - Viu a porta do elevador abrir e então, saíram, caminhando até o estacionamento. - Viu? Foi rápido até.

– Uau, Jungkook! - Colocou suas mãos em frente a boca e fez uma expressão surpresa.

– Oque?

– Seu carro é mesmo uma picape?

– É oque parece.

– Eu disse que vivemos em Crepúsculo.

– Deixa de babozeiras. - Riu e pediu para que Jimin entrasse, fazendo o mesmo no lado do motorista. - Você gosta com emoção?

– A vida sem emoção é sem graça. - Sorriu para o vampiro e colocou o cinto, vendo o outro fazer o mesmo. - Dirija rápido, mas com cuidado.

– Eu nunca deixaria algo de ruim acontecer contigo. - Ligou a picape vermelha e acelerou pelas ruas iluminadas pela coloração amarelada das luzes da cidade Gangar.

Jimin sentiu seu coração amolecer com a fala do vampiro e sorriu sincero para ele, vendo o moreno pegar sua mão e a colocando por baixo da sua, sobre a alavanca de marcha.

– Vire à esquerda. - Pediu para Jungkook, e este prontamente o fez. - Chegamos. - Falou, quando pararam em frente a uma casa de paredes marrom e com os portões brancos. - Bom... boa noite.

Jungkook segurou delicadamente a mão de Park e levou até seus lábios, selando carinhosamente a pele macia da mão pequena dele.

– Boa noite. - Esperou ver o outro entrar na casa dos pais e acenar um tchau para si. Partindo depois de ver que ele estava seguro.

As borboletas estavam formando um panapaná em seu corpo, cada vez mais.

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"Panapaná": um termo de origem tupi para se referir a um bando de borboletas.

Mais um capítulo. Estava com tanto tempo livre esse final de semana. Uma pena ele estar acabando...