.I

3.5K 268 41
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



.Welcome To the Under city





O céu escuro de Zaun encara de volta quem ousasse olhar para cima. A poluição tomava conta de tudo o que já foi uma imensidão estrelada deixando para trás apenas um negrume pálido e triste.

As ruas sujas, e o fedor predominavam o cenário. E seus coadjuvantes eram de diversas formas, trajando diversos figurinos, cada um com um roteiro diferente. Vendendo, comprando, ganhando sua vida, lutando contra seus próprios demônios. Esse era mais um dia para o povo das vielas.

Passando para o cenário principal, esse que interpretava uma linda e cálida luz ao fim do túnel, olhos alheios se enchem por um brilhar acolhedor, quente. E quem decidisse aproximar, era acolhido pela grande e lustrosa placa, A Última Gota.

Andando até o estabelecimento, como um pequeno mosquito é atraído pela luz, quatro crianças entravam sorrateiramente pelas grandes portas do local, tentando ao máximo não chamar a atenção para eles.

E apesar do esforço de tal, furtividade não era uma perícia que eles possuíssem, chamando assim, a atenção de um grande homem, que servia mais um copo de bebida a quem lhe pedisse.

Descendo mais um pouco, em uma porta quase que escondida em um canto do bar, existia a espécie de um porão. Modificado e arrumado para acolher as cinco pessoinhas que moravam ali. O ar era abafado, outrora não tinham escolha, estavam abaixo do solo, e com apenas uma pequena lamparina brilhando fortemente ao centro de uma mesa, toda a ambientação causava um pouco de desconforto momentâneo a quem descesse lá.

Elas sentiam o corpo pesado, o dia fora agitado, e quando a adrenalina do momento se esvaio de seus corpos, o torpor e o cansaço predominaram todos os seus seguimentos musculares. E quando as velhas poltronas se fazem presentes em suas visões, apenas se jogaram nas mesmas buscando o acolhimento do estofado já maltratado pelo tempo.

Chegaram em silêncio, e assim permaneceram até que todos se acomodassem nos acentos. O clima estava tenso entre as crianças, cada uma ali sabia que seus atos teriam consequências e isso pesava cada vez mais nas cabeças dos jovens.

E apesar da atmosfera muda, um baixo barulho pode ser escutado, de um canto escuro onde a luz de lamparina lutava contra a escuridão para alcançar, podia ser visto uma pequena e franzina silhueta, encolhida, tentando recuperar o objeto que escapou de suas mãos.

De lá, timidamente sai uma acanhada criança, com grandes e desjeitosos cabelos negros como ébano, que pareciam sugar toda a luz que ousasse bater ali, e como ondas em um mar furiosa caiam delicadamente sobre os ombros magros, cobertos por uma camisa de flanela claramente o dobro de seu pequeno tamanho.

𝑫𝑶𝑷𝑨𝑴𝑰𝑵𝑨 | 𝑬𝒌𝒌𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora