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✑Not even the strongest warrior escapes without scars
| - |𝑫𝒐𝒑𝒂𝒎𝒊𝒏𝒂| - |
Em alguns momentos da vida, é comum nos sentirmos perdidos, solitários, confusos. Todas as pessoas do mundo já tiveram essa sensação com mais frequência de que gostaria. Athali se sentia assim. Acordar em um local totalmente estranho, com pessoas estranhas. E não saber onde a única pessoa que poderia confiar foi, tudo isso se amontoa e você se torta assustadoramente ansioso.
Ainda deitada na cama do garoto, ela se posicionava de barriga para cima, observando o teto que naquele momento parecia ser a coisa mais interessante do mundo para ela. Em sua mente, ela divagava o que iria fazer agora. Era incrível pensar que conseguiu reencontrar Ekko, mas e agora? Como iria conciliar as duas coisas, já era extremamente ocupada antes antes de achar todos, tendo mal tempo para dormir, imagine agora, Violet, Ekko e com sorte talvez achasse Powder. Tudo isso demandava sua atenção, coisa que mal tinha para si mesma.
Ademais se encarregar de vidas em suas mãos não era uma tarefa nada fácil de se cumprir, e apesar de ter a ajuda de Hadúr e Umuu, sempre foi desafiador para a menina projetar, estudar, criar todas as formas e teorias da Zalite. Tudo e todos que ajudou precisavam de sua total e toda atenção direcionada.
Não iria os abandonar, jamais, mas o que poderia fazer. Após anos eles seguiram em frente, de um jeito quebrado e desajeitado, mas seguiram. Pelo que ouviu do menino agora ele era alguém como ela, um líder, e nunca iria pedir para que ele deixe seu posto por ela ou para ela, assim como ela não deixaria o dela por ele. Só se talvez...
Athali balança sua cabeça dispersando tais pensamentos, não iria abandonar tudo por ele... ou. Não, mesmo que Zalite esteja em sua quase perfeição ainda era preciso monitorar de perto toda e qualquer reação que de em qualquer paciente, mas, Umuu que era responsável por isso e ele sempre fez um impecável trabalho em sua área, nada escapava de sua incrível percepção, é, ele poderia cuidar das coisas...
Mas e a proteção de todos? As estratégias de fuga caso algo aconteça, ou ate mesmo a comida? Sinceramente, ela nunca mexeu arduamente com essa parte, era sempre Hadúr que se encarregou de tudo isso, era um home m com diversas habilidades, uma das mais notáveis era a de ser um excelente e firme comandante, não só para a guerra como ele insistia em dizer, mas para tudo. O mais velho que cuidava das financias, a comida, abastecimento e até mesmo dos afáveis ex-pacientes que se dedicaram em ajudar o local mesmo depois de estarem curados.
Eles que davam conta de tudo lá, e o que ela fazia? Só distribuía sorrisos e palavras de conforto a todos. Em sua mente confusa e meio abalada um mar de coisas sombrias começaram a inundar seus pensamentos. "Não é como se ela fosse necessária", "O que ela fazia de tão importante", "Não estou apenas os atrasando?".
(- Eu nunca te deixaria cair, nunca.)
"Não se deixe cair Athali", não mais. Era seu mantra quando seus pensamentos começavam a se tornar nada agradáveis. A menina passou por tanto, enfrentou tanto. Desde a sua perda de memoria, ate a trágica volta da mesma, a pressão que ela mesmo fazia em si pela perfeição de Zalite, tudo em tão pouca idade. Tudo isso causa sequelas mesmo no mais forte guerreiro, era o que Hadúr lhe falava.
Mas seguiria em frente, já seguiu tantas vezes, já se levantou tantas vezes, ela poderia superar isso facilmente. Bem, era o que esperava.
–Eu realmente, não sei o que fazer.
–Não sabe o que?
A garota que estava tão submersa em seus pensamentos, não escutou quando a porta foi aberta por Ekko, ou nem mesmo quando ele se sentou na cama ao seu lado, e a encarava em silencio ate que ela notasse sua parecença. Ela por sua vez toam um susto ao ouvir a voz dele, se jogando para longe como extinto de proteção, sua respiração fica irregular e seu coração parecia querer saltar a qualquer momento de sue peito.
– Sinceramente, achei que iria hibernar nessa cama.
O garoto a olhou estranhando a reação da menina, levantando uma sobrancelha ao vela arregalar os olhos quando finalmente pareceu perceber o que estava acontecendo. Ekko seguia com olhar cada movimento dela, a respiração alterada ate os olhos tilintando em suas orbes. Ela estava doente? Ainda não tinha se tocado que havia a assustado e deu de ombros se jogando do lado na mesma na cama.
–Tenho umas coisas para te perguntar e outras para falar. — Ele se ajeita mais na cama, pegando uma das almofadas e colocando de apoio em sua cabeça e cruzando os braços em baixo dele. Estava apenas com o macacão agora, o casaco pesado jazia jogado em qualquer canto aleatório do quarto agora. — Mas antes, por que ce' ta' com essa cara? Parece que viu um fantasma.
Athali o olhava com os olhos cerrados, o encarando como se estivesse pensando em como o matar em diversas formas possíveis, e talvez ela realmente esteja. Ele por sua vez apenas balança a cabeça em um "han?" e a puxa para se deitar ao seu lado.
A menina protesta tentando sair de seus braços, mas Ekko a prende com suas pernas fazendo com que a menina não consiga escapar.
– Eu juro se você não me soltar eu vou...
– Vai fazer o que em? — Provoca a apertando mais, fazendo com que ela resmungue se chacoalhando, ela bufa voltando a encarar o teto, mas agora como se ela fosse sua pior inimiga a ser enfrentada.
– Eu deveria apenas mata-lo?
Sussurra para si mesma, ou pelo menos tenta, a distancia permitia que o garoto escutasse ate o mais baixo respirar dela e esse não passou despercebido. Soltando uma risada gotosa, ele pensa que não se sentia bem e leve a tanto tempo, parecia mole e era como se seus sentidos não estivessem funcionado como deveriam, seu coração palpitava estranho e sentia suas bochechas quentes. Era estranho.
– Mas então, é sobre Vi...
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