28 - Acordei para a vida

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Camila acordando

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Camila acordando

O que será que está acontecendo?  Meu corpo está pesado,  só me lembro de ter sido atacada por dois homens. Sinto meu peito se apertar. Estou com medo.
Fui espancada, porque não consigo abrir os olhos?

O que será que aconteceu?  O meu bebê! O que aconteceu com o meu filho!?  Deus que ele esteja bem, eu não posso tê-lo perdido. Quem será que me atacou e porque fizeram isso comigo?

Ouço  vozes, mas não consigo entender quem seja. Mas esse cheiro,  eu reconheço esse cheiro!? Me lembro bem, é do Vitor!

O que ele está fazendo aqui?  Minha perna dói, minhas costelas, não consigo respirar direito. Tudo ficou silencioso novamente, tanto levantar as mãos e não consigo. Claridade,  estou vendo alguma coisa, meus olhos doem. 
Olho em volta,  tentando reconhecer o lugar.

— Calma, Camila. Você não pode ficar agitada. Respira fundo.

— O meu bebê!  Como está o meu bebê. Levo a mão na barriga,  mas tudo dói. Respirar dói. Minha garganta está dolorida e arranhando.

— Ele está bem. Nosso filho está bem. — Vitor fala.

Ele sabe, Sara deve ter contado. Logo ouço pessoas entrando e mexendo nos aparelhos ligados a mim. E o vejo saindo do quarto, olhando para trás.

Foram tantas perguntas, exames, estou exausta de tanto passar por  testes. Minha mão e perna estão enfaixadas e sinto uma coceira incômoda no lugar.

Minha respiração está tão pesada e sou avisada que tive uma perfuração no pulmão e que esse incômodo é  normal.  Me assustei quando falaram a quantidade de dias que estava em coma.

Depois de fonoaudiólogo, fisioterapeuta e uma porção de gente a minha volta. Tudo foi ficando silencioso novamente. 

De onde estou, vejo Vitor parado do lado de fora, olhando para dentro, mas sem entrar.  Ele parece angustiado, impaciente com a movimentação.

Algumas horas depois.

Uma conversa sussurada se inicia e logo Maria entra. Como é bom vê-la.

— oh minha menina, graças a Deus você voltou pra gente. Eu fiquei tão procupada. — E vem me abraçar. Solto um gemido e ela pede desculpas.

— Perdão minha filha,  essa veia tá ficando gaga. Eu te machuquei?

— Não Maria.  É que estou toda dolorida mesmo. O que aconteceu comigo? Maria, Porque eu fui atacada? Preciso saber o que aconteceu comigo.

— Calma, tudo a seu tempo.  Agora é hora de você se recuperar. Nada de perder tempo pensando no que aconteceu. Quem fez isso já está preso,  mas é só o que eu posso falar.

— Porque o Vitor está aqui?  Nós não temos nada, achei que tivesse ficado claro quando pedi pra se afastar. E quando acordei foi o primeiro rosto que eu vi.

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