26 - A brutalidade da inveja

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ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas descritivas de violência

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ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas descritivas de violência. Pode conter gatilhos.
Camila - flashback (Na madrugada após a briga com Vitor)

É madrugada e eu não consegui pregar os olhos. Estou deitada em posição fetal desde que entrei aqui. Não me dei conta do nome do hotel que o Robert me deixou. Olho o relógio digital que está na cabeceira e são 5 da manhã.

Me levanto, visto o vestido, coloco as sandálias e ligo na recepção pedindo para fecharem mina conta e sou avisada que está tudo pago. Robert, penso e sorrio fracamente. Então eu peço que providencie um taxi. Quando desço, já está me esperando. Sigo para o aeroporto e compro uma passagem para Salvador .

Enquanto aguardo o voo, entro em uma loja e compro uma roupa confortável, um tênis e uma mochila. Me troco e deixo no provador o vestido, salto e a bolsa. Não quero , levar nada de São Paulo comigo.

Ao meio dia chego na capital do meu querido estado. Vou para um hotel perto do mar. Subo e me sento na cama, ligo para Sara, avisando o que aconteceu, peço que ligue para Maria, que deve estar preocupada e digo que preciso ficar afastada por um tempo. Só então me permito chorar. Desabo, grito, sofro.

Após a vinda do Vitor aqui, uma semana se passou, saindo apenas para comer e comprar algumas roupas numa loja no saguão do hotel.

Alugo um carro com motorista para me deixar em Cipó. Quando chego, Mauro e Solange estão na porta me esperando.

- Filha, ode você estava? Viemos aqui várias vezes e nada de te encontrar.

Não sou sua filha! O que vocês querem?

Porque está tá tão rancorosa? Solange fala.

Estou com pressa, o que querem?

Minha parte na venda da terra. Ou você achou que eu não descobriria?

Você não vai ganhar nem um centavo. Se era só isso, podem ir.

Eu tenho meus direitos. Meu pai fala irritado. Ou você achou que iria me passar as pernas?

- Entre na justiça, se acha que tem direito. A terra não era minha, era emprestada do governo. O negócio que eu fiz não teve haver com a venda diretamente. Foi um prêmio de consolação por tre que sair de lá.

Que prêmio caro, né Camila. Estranho tanto dinheiro pra ser consolação. É a vez de Solange, falar insinuando alguma coisa.

Não que eu precise dar satisfação, mas eu sou melhor que você para negociar. Passou a vida sendo rameira e terminou ao lado desse aí.

olha aqui... Ela começa a gritar. Meu pai intervêm. — Você tenha mais respeito com sua madrasta, sua petulante. Agora que tá com grana, ficou corajosa, foi? Vou te ensinar a me respeitar.

O PLACEBO DA ALMA - LIVRO IOnde histórias criam vida. Descubra agora