TRINTA

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Naquele dia o casal recebeu muitas visitas e além dos familiares desejarem rever Ariel, e felicitar ao casal pela gravidez, todos sem exceção desejavam conhecer a casa nova. O que deveria ser apenas uma confraternização entre parentes e amigos, Isaque transformou em festa, enquanto era envolvido pela cumplicidade de cada um deles.

A julgar pela reação, a família e os amigos também tiveram a mesma impressão que Ariel, quando vira àquele lugar pela primeira vez.

Em um momento qualquer, Alonso a procurou e pediu para falar-lhe em particular.

- O que houve, Alonso? – Ela perguntou ao nota-lo muito nervoso.

- Eu tenho sido um idiota com você, Ariel! Me comportei muito mal, quando soube do seu casamento e mal falei com você desde que você voltou da Europa. Meu comportamento não teve nada a ver com Isaque ou mesmo com você. Mas isso vai ser ridículo... eu sei, mas..., eu senti ciúmes ao perceber que você deixaria de ser a garota solteira que as vezes me acompanhava em festas só para se passar por minha namorada.

- Nunca funcionou, não é? – Ela riu ao comentar.

- Não, mesmo! – Ele sorriu e Ariel se emocionou ao ver aquele sorriso tão maravilhoso de volta - Somos quase inconfundíveis. Todos que nos olhávamos sabiam se tratar de irmãos. Mas eram bons tempos, bons momentos e quando percebi que você havia se encontrado com alguém desconhecido, eu pirei. Não por isso. Mas, por Stanley sempre ter sido um amigo tão bom para mim. E com todo respeito, eu realmente esperava que vocês se entendessem.

- Parece que as coisas não são tão simples como gostaríamos, não é?

- Não são! Mas o tempo é excelente em descomplicar tudo e outro dia eu estive com Stanley e ele disse que estava tranquilo com o que havia acontecido e que aos poucos ele superaria a perda. Bebemos por algum tempo e ele acabou me confessando algo que me vez rever meu comportamento. Mas isso é outra história e eu tenho que respeitá-la. Mas o que importa é que eu preciso me desculpar, Ariel! E lhe dizer que eu jamais faria mal a nenhum de vocês. Você é um exemplo para todos nós e sempre foi o orgulho da família.

- Obrigada, Alonso! – Ela murmurou, mas ele não havia acabado o monólogo.

- Não digo isso por você ser uma mulher com muitos bens e ainda por cima ter conquistado o coração de um bilionário, mas por ser você mesma e sempre ter encarado seu mundo de frente, mesmo depois de ter enfrentado tantos problemas. Em seu lugar, eu não sei se eu conseguiria. Muitos não conseguiriam e mesmo que conseguissem, alguns são capazes de se tornar em pessoas amargas e silenciosas.

- Eu não tenho tanta certeza se você não conseguiria, Alonso! Você é mais determinado que todos nós juntos. Eu nunca duvidei da sua capacidade exorbitante.

- E você sempre usando palavras difíceis para me confundir.

- O que eu disse dessa vez? – Ela brincou animada.

Alonso sorriu novamente e se aproximou, observando-a atentamente:

- Me perdoe, Ariel! Me deixei levar pelo meu egoísmo e não enxerguei que você estava correndo atrás da sua felicidade.

- Está perdoado, Alonso! Mas eu não penso assim. O seu único problema foi ter se colocado no lugar de um amigo. E eu reconheço isso, por que comigo sempre foi assim. Embora eu tenha me enganado terrivelmente com uma das minhas amizades.

Alonso baixou os olhos para o chão e então a olhou novamente demonstrando compreensão.

- Sinceramente, Ariel! Está aí uma coisa que não irá lhe fazer falta. Jamais se abale por alguém que não soube valorizar sua amizade.

Amor entre LágrimasOnde histórias criam vida. Descubra agora