Capítulo 22

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Vanessa levantou de sua cama assustada com o barulho agudo vindo do corredor. Vanessa pegou um dos seus sapatos, com o salto mais fino, e caminhou descalça em direção a porta do seu quarto. Abrir a porta tentando não fazer barulho e viu um homem agachado tentando pegar os cacos do vaso que havia quebrado. O mesmo homem, não conseguia se sustentar agachado por longos minutos sem ao menos apoiar sua mão sobre o chão. Vanessa ergueu o seu sapato para cima, para poder bater no homem a sua frente com todo o seu impulso.

— Merda! — Esbravejou Gustavo ao cortar a sua mão com um dos cacos de porcelana.

— Gustavo? — Vanessa se pronunciou surpresa.

Gustavo olhou para trás e se assustou com Vanessa segurando o seu sapato.

— Oh! Quer me matar?

— Eu quase matei mesmo, não sabia que era você.

— Abaixa esse sapato. — Ordenou ele.

— O que está fazendo?

— Não é obvio? Catando os cacos do vaso que eu quebrei.

— Agora deu de não enxergar por onde anda com a luz ligada?

— Escuta, eu não preciso de você aqui me infernizando. Pode voltar para o seu quarto.

Gustavo tenta se levantar, mas a sua embriagues o faz cambalear para o lado fazendo com que Vanessa o segure pelo braço espontaneamente.

— Você está bêbado? — Vanessa questiona perplexa.

— É da sua conta?

— Uau! Você está mesmo bêbado. — Vanessa deixou de lado a grosseria de Gustavo para zombar do seu estado de embriagues. — Pelo visto a festinha foi boa.

Gustavo tenta se levantar.

— Me solta!

— Eu não vou te soltar, vai acabar caindo e batendo a cabeça.

— E desde quando você se preocupa comigo?

— Eu não me preocupo com você, por mim se você morresse estaria de bom tamanho. Eu me preocupo com a construtora dos meus pais.

— Claro. — Gustavo disse irônico.

— Onde você vai dormir, criatura?

— Eu? Hãm... no meu antigo quarto.

— Tá. — Vanessa agradeceu mentalmente.

Vanessa colocou o braço de Gustavo por de trás do seu pescoço e com muita dificuldade caminharam para o quarto.

— Gustavo, você vai acabar derrubando nós dois no chão. Quer pelo menos segurar na parede com a sua outra mão. — Ordenou Vanessa impaciente.

Gustavo entrelaçava suas pernas a cada passo que dava fazendo Vanessa cambalear para o lado quase perdendo o equilíbrio.

— Eu já disse que eu não preciso da sua ajuda.

Vanessa o encara irritada.

— Então se vira sozinho. Mal-agradecido.

— Eu sou mal-agradecido? Você tem certeza disso?

— Eu só estou querendo te ajudar.

— E eu já disse que não precisa.

— Ótimo, então vai sozinho. — Vanessa gesticula e cruza os seus braços esperando ver Gustavo tentar se virar sozinho. — Vamos. — Gustavo tenta dar o seu primeiro passo tropeçando. Vanessa o segurou com toda a sua força. — Viu como precisa da minha ajuda?

Contrato De VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora