Capítulo 32

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Gustavo tirou a sua grava, enquanto pisava no Hall de sua casa. Aquela maldita gravata o estava sufocando assim como todos os seus problemas. Ao se sentar sobre o sofá, ele deitou a cabeça sobre o encosto, cruzou as suas duas mãos sobre a barriga e fechou os seus olhos escutando apenas o silêncio que deveria lhe trazer a paz que ele tanto anseia. A última vez que ele se sentiu tão canso desta maneira, foi no dia do seu casamento, ou quase casamento. Ele fora obrigado junto com a sua mãe a se prontificar e explicar o motivo pelo Vanessa não estava mais presente. Qual outro motivo ele daria sem ser o verdadeiro? Nenhum. Os convidados descobririam de um jeito ou de outro que Gustavo fora abandonado por outro homem. O canso tomou conta do seu corpo, assim como a raiva e o ódio. Mas nos últimos meses essa raiva e esse ódio começaram a dar uma trégua, da qual Gustavo não sabe o motivo. Não é algo relacionado a vingança ou a motivo que Vanessa esteja envolvida.

Os seus vagos pensamentos se tornaram a sua grande dor de cabeça, naquele momento. Ele suspirou profundamente antes de tomar a iniciativa para poder subir para o seu quarto.

— Está pensando em mim, meu amor? — Perguntou Vanessa tapando os olhos de Gustavo antes mesmo dele abrir.

— Não...isso é tortura demais. — Gustavo choramingou. — Eu estava até agora em paz.

— Oh! Eu sinto muito, por ter estragado essa sua...paz.

Gustavo ergueu o seu pescoço sentindo as mãos de Vanessa caírem sobre os seus ombros.

— Você não perde a oportunidade de me encher o saco, não é?

Vanessa se debruça sobre o encosto do sofá e apoia a sua cabeça sobre a palma das suas mãos.

— Não. — Deu um largo sorriso. — Eu não tenho nada de melhor para fazer nessa casa, eu só fico assistindo televisão, na piscina ou dormindo ou...

— E enchendo o saco dos funcionários. — Afirmou Gustavo.

— Faz tempo que eu não faço isso.

— Estranho. Você está doente? — Gustavo sobrepôs a parte de trás de sua mão direita sobre

— Hm...não que eu saiba. — Pensou Vanessa.

— Por mim tanto faz. Só não quero que você maltrate pessoas que não merecem. — Gustavo se levantou e caminhou em direção as escadas.

Vanessa o seguiu, com as duas mãos para trás com ar de criança travessa, pisando nos mesmo lugares que Apolo andava. Gustavo entrou no quarto e caminhou em direção ao banheiro para poder tomar o seu banho, enquanto de banhava, Vanessa entrou dentro do banheiro e se sentou sobre a tampa do vaso observando cada curva do corpo virtuoso do homem a sua frente.

— O que está fazendo aqui? — Gustavo questionou ao notar a presença.

— Eu...só estava com vontade de ver o meu maridinho tomar banho.

— Me ver tomar banho? — Ele a encarou desconfiado. — Não gostei dessa sua vontade repentina.

Vanessa caminhou em direção a porta do box de vidro e se apoiou na parede.

— Sabe o que eu estava pensando?

— Hmm...é sobre isso. Você não estava com vontade de me ver tomar banho, está com vontade é de me encher o saco. Diz logo o que você quer e sai daqui.

— Eu estou muito cansada de ficar aqui em casa trancada.

— E com isso você quer o que? Não me diga que quer trabalhar? Ou melhor, que eu libere para você um cartão.

— Seria legal.

Gustavo a encarou com desdém e revirou os olhos antes de se virar.

— Eu estava pensando que poderíamos viajar, talvez para o Twin Farms?

Contrato De VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora