Prólogo

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Gustavo estava se sentindo o homem mais feliz do mundo. Usava um smoking preto de mais de cem mil dólares, escolhido a dedo por sua amada noiva Vanessa.

Nada naquele exato momento poderia tirar o radiante sorriso de seu rosto, nem mesmo as piadas sem graças de seu melhor amigo David.

Gustavo sai de seu antigo closet, dando de cara com David, deitado sobre a sua cama enquanto jogava.

— Você é folgado em cara?

Daniel o encara de cima a baixo e gargalha.

— Cara você está parecendo um pinguim. É sério. Eu vejo você de terno todos os dias, mas isso... esse terno está desproporcional em você. — Zomba David.

— Já se olhou no espelho?

— Pior que já. Olha, vou te falar a verdade, sua noiva tem um gosto péssimo.

— Você está falando isso porque não gosta dela, ou porque está realmente odiando usar esse smoking?

Desde a primeira vez em que conheceu Vanessa, David sempre demonstrou a sua antipatia, nunca fez questão de disfarçar.

— Os dois. Espero que não esteja chateado.

— Obvio que não.

Gustavo, caminha em direção a janela de seu quarto para observar a chegada dos convidados. O casamento será realizado no jardim da mansão Baker, contra a vontade da viúva Elizabeth Baker, que ansiava por um casamento típico século XIX. Gustavo não conseguia conter a emoção em seu sorriso, ao lembrar que em poucas horas a mulher que tanto ama se tornará a mais nova Sra. Baker.

— Você está realmente decidido se casar não é mesmo? — Questiona Daniel em tom baixo.

— Por que eu não estaria?

— Sei lá, eu só pensei que poderia te dar a loucura da desistência. Algo assim. — Dá de ombros.

Gustavo sorri e segura seu amigo pelos ombros.

— Daniel, esse é o dia mais feliz da minha vida, nem você com as suas piadas sem graças e muito menos minha mãe com a ideia de um casamento do século XIX, me farão desistir de me casar com Vanessa.

— Eu sei. Então... o mínimo que eu posso dizer é...vamos?

Gustavo revira os olhos, incrédulo com o seu melhor amigo. Os dois caminham lado a lado em direção a porta.

— É sério que a sua mãe queria um casamento do século XIX?

— Algo assim.

— Você teria que cortejar a Vanessa?

— Acho que sim.

— Você já a cortejou a muito tempo, não é mesmo amigo? — David o encara malicioso.

— Cala a boca.

— E eu disse alguma mentira?

— Obvio que não.

— Então.

Saindo do quarto, os dois amigos deram de cara com Elizabeth andando pelo corredor tão feliz quanto uma criança que acabará de ganhar um doce.

— Vocês estão aí. Por que demoraram tanto?

— Ah! Então Liza, seu filho pensou que fosse a noiva. — Debocha Daniel.

Elizabeth ri.

— Quando você vai parar com isso? — Questiona Gustavo, começando a se irritar.

Contrato De VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora