Nossa Só Nossa Garota

Capítulo 27

Narrador :

Ao encostar a mão na pele quente da testa de Zuri a pequena não deu tempo de nada e se afastou do toque.

A expressão severa no rosto de Herry era assustadora, ele não a fez de propósito apenas ficou irritado já que se tratava de sua saúde.

- já acordei - Zuri falou de forma apressada se espreguiçando toda, fazendo o ruivo suavizar suas expressões, ele iria repreender a menor mas Zuri foi mais rápida em sua fala - Bom dia!

Zuri sabia o que ele iria dizer, pois ela já o conhecia o suficiente para saber que Herry era preocupado demais e que com uma simples tosse o ruivo a levaria no hospital.

Zuri já tinha ficado várias vezes com tosse e nunca lhe acontecia nada demais, a não ser o facto de ela não ter vontade alguma para nada e na visão dela, o ruivo exagerava, então a morena simplesmente decidiu não demonstrar para Herry que a menor estava com tosse e uma leve dor de garganta, logo isso passaria, pensou Zuri.

- Bom dia princesa, você tá sentindo alguma coisa - Zuri rapidamente negou com a cabeça indo abraçar cada um deles e deixando um beijo na bochecha de cada um, os fazendo se derreter a olhando com aquele olhar de bobo apaixonado que apenas era direcionado a ela.

- Nop, nada, nadinha - a garota o respondeu, não olhando em seus olhos deixando Herry e Issac meio irritados por saber que Zuri mentia.

- Vamos comer então? Você deve estar esfomeada baby - Ryan nem espera pela resposta da menor, e já pegou a mesma no colo a levando para a sala com os meninos atrás, Zuri rapidamente comeu sua comida, fazendo Issac desconfiar, normalmente era um problema fazê-la comer mas desta vez não foi nem necessário o jogo para comer.

Zuri estava anciosa ela queria muito voltar a desenhar e pintar, a menor se sente livre e calma quando pinta um quadro, nos momentos mais difíceis a menor sempre acabava desenhando para acalmar, não importava se era numa parede ou folha, e mesmo seu pai não a deixando Anna sempre trazia para ela um lápis, borracha, folhas ou, na pior das hipóteses, um giz.

- bem então, vamos? - Zuri falou assim que terminou de comer se levantando satisfeita, correndo em direção à porta e batendo com a testa na mesma.

- Pensei que tava aberta - falou num sussurro irritada com a dor, tinha até lágrimas em seus lindos olhos.

Os três predadores agora estavam com ela, Zuri no colo de Issac que se sentou no sofá a acalmando, Herry foi verificar o machucado e o Ryan tentava distrai-la com piadas do acontecido limpando suas lágrimas de ouro, só ele era capaz de fazê-la rir naquele momento.

- proque você tá rindo? - olhou para Duque que soltava pequenos grunhidos em forma de riso - não tem piada, para! - disse já irritada com o amigo, talvez o motivo de tanto mau humor seja a sua garganta arranhada, ou a tosse que ela tentou evitar a todo o momento pois sabia que se tossisse iria parar no hospital e de brinde saia com a garganta ainda mais arranhada.

- melhor ficarmos em casa hoje - Herry comentou a olhando e a mesma rápidamente negou com a cabeça.

- não por favor! - juntou as mãozinhas implorando - eu só quero pegar umas coisas e vamos, juro que é rapidinho - um bico se formou em seus lábios, o loiro acabou por morde-lo de leve mas Zuri insatisfeita o beijou seus lábios de maneira intensa que Ryan correspondeu.

Depois Zuri foi até o ruivo e se sentou no colo do maior que mesmo em uma posição ruim deixou confortável primeiro e depois se sentou no sofá.

A mais nova o abraçou e beijou suas bochechas, Issac apareceu por trás focando na pele lisinha de seu pescoço.

Ryan não ficou atrás e correu para ficar do outro lado do pescoço dela.

Duque apenas saiu do lugar e foi até à cozinha roubar comida já que os mais velhos insestiam em dar ração nele.

- por favor - a morena beijou seus labios - vai, deixa - o beijou novamente retirando um suspiro do mesmo - é rapidinho - selou seus lábios com os dele novamente.

- tá bom - gruniu irritado, era óbvio que ele iria ceder, afinal, era ela, nenhum dos três é capaz de resistir.

- Isso - o beijou feliz mas agora um beijo de verdade que transmitia sua felicidade com a decisão.

- então vamos - Issac a beijou sem demostrar o quão estava irritado com a falta de atenção, a pequena não o tinha beijado, só ele a ela.

Zuri o puxou para baixo quando ousou se levantar e saltou em seu colo o beijando com os braços em volta de seu pescoço.

- me leva - falou manhosa ao terminarem o beijo e depositou seu rosto no pescoço do maior deixando um beijo no local - vamos - apertou as pernas em sua cintura.

O maior acentiu levando-a para cima e voltando tempos depois com os dois já prontos e uma Zuri toda contente em seu colo.

Estava feliz por mostrar suas pinturas para eles, quase ninguém viu seus desanhos só o Duque, a Ana e seu pai que a propósito, não gostou.

Mesmo insegura iria mostrá-los, ela não sabia se ficaram bons ou não, confiava em Duque e Ana, mas ainda havia aquela vozinha falando que estavam horríveis e era melhor não mostrar.

- nossa vocês são rápidos - falou ao ver os outros dois homens e Duque já prontos para sair.

Ryan apenas riu.

- Vem pequena - a pegou pois sabia que Issac iria conduzir.

Os três foram até o carro da outra vez, Zuri ficou atrás com exatamente as mesma posições de antes.

A morena indicou o caminho mas um pensamento a ocorreu, noite passada havia chuvido, logo agora era bem provável sua casa estar inundada e seus quadros estragados.

A vergonha depois de muito tempo bateu, não pela sua casa ou pela mesma provavelmente estar inundada, mas de seus quadros que tanto queria mostrar.

Então ocurrer-lhe um pensamento.

Talvez, se ela chegasse primeiro que os três, ela tivesse a oportunidade de esconder tudo e pegava só as tinhas.

Evitaria de passar vergonha.

Só tinha um problema.

Precisava de arranjar uma forma de se separar deles, pensou por um tempo até que um nini planos e formou em sua mente, e com um sorrisinho em seus lábios ela relaxou no banco esperando o momento.

Era bem louco mas talvez desse certo.

Ao olhar a janela Zuri quis repetir o ato de ontem, mas não fez, sua garganta doía demais e até o pequeno ato de engolir saliva se tornava difícil.