Capítulo 38

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- E aqui estão as entradas! - exclamou entrando na sala em que residiam seus convidados, a morena franziu o cenho vendo Duque sentado numa cadeira - Duque seu pilantra, ao trabalho!

O cachorro apenas revirou os olhos levantando com elegância e saindo da lugar.

- Seu cachorro é impressionante - comentou o homem mais velho.

- Duque é meu melhor amigo senhor - comentou como quem não quer nada - só meu melhor amigo - frizou, ela adorava fazer amigos, seus amigos são amigos do Duque e vise-versa, mas ela gostava de pontuar bem que não deixaria ninguém tirá-lo da sua vida.

Da última vez que alguém viu a amizade deles, tentaram comprar o Duque dela, Zuri só os chamou de loucos e perguntou se Duque queria fazer dinheiro em um circo.

Ele não quis.

De certa forma isso a aliviou, não queria perder o amigo para a fama, e sabia que nunca mais o veria devido à sua condição financeira, não poderia passar a vida pagando para ver Duque no circo.

E ela nem poderia falar com ele!

Acreditem ou não mas ter um amigo que trabalha no circo, não faz com que torne a tua entrada grátis.

- Entendemos querida, então o que temos para as entradas? - Ana tentou desviar do assunto.

- ahm, bom, eu não sei, a coelhinha disse ser um especial dela! - disse completamente animada, mesmo que olhando para o prato pensasse que isso mal alimentaria, mas mia explicou que entradas são só, entradas.

Zuri deixou na mesa uma tacinha com umas tostas dentro, tostas bem pequenas.

Pequenas mesmo.

Acontece que coelhinha recusa-se a usar a faca, disse que é perigoso.

Logo não poderia cortar queijo nem nada para acompanhar.

Os três convidados olharam a tacinha, Zuri esperava para vê-los comer, então Clara pegou a primeira levando à boca.

- uma delícia - sorriu vendo Zuri voltar para a cozinha animada enquanto falava.

- qualquer coisa que quiserem pedir é só anotar no bloco de notas - e adentrou o outro cómodo feliz e saltitante.

- que bloco de notas? - no mesmo instante que perguntou, Clara sentiu uma patinha chamar-lhe à atenção, era Duque, com um bloco de notas na boca.

O bloco vinha com uma caneta agarrada.

- Obrigada Duque! - a loira sorriu o agradecendo.

Do lado de fora, já tarde da noite, cinco pessoas aproximavam-se da casa, o desespero de não encontrar o que desejavam foi trocado em poucos segundos ao sentir o cheiro que tanto amavam na casa, assim como os outros três animaram-se com a ideia de ver a sua companheira.

Todos os cinco predadores acelararam o passo até a casa quase abrindo a porta mas Zuri foi mais rápida ao vê-los pela janela e alcançar a maçaneta.

A visão da menor com uma toalha no braço, e um sorriso encantador no rosto era adorável aos olhos de seus companheiros.

- Boa noite caros senhores - virou-se rapidamente para a mulher - e senhora - sorriu voltando a virar-se para todos - esta noite estão convidados a comparecer, nesta hora, em um jantar, de gala - acrescentou só para poder falar - vejo que não estão vestidos adequadamente, mas tudo bem, são livres para vestir o que quiserem - Ryan riu não conseguindo conter o riso - continuando, este jantar foi organizado por mim, pela coelhinha e Duque, porque - ela pensou um pouco - bom porque sim, estava no tédio, mas bom, entrem, os convidados os esperam.

Com expressões confusas os cinco entraram, o casal estava ansioso, com saudades de sua companheira.

- como são convidados de honra, dou o privilégio de passarem pelo tapete vermelho, apenas vocês passaram por aí, estão com sorte - sorriu omitindo a parte em que os outros convidados também o fizeram.

- convidados de honra, é meu amor? - Ryan sorriu querendo agarrá-la bem ali, e provar de seus doces lábios, talvez provasse de seu néctar se não estivesse a casa cheia.

- este cheiro - Issac sussurrou sentindo o cheiro familiar, o que, consequentemente fez todos inspirarem, menos Zuri, ela estava meio entupida.

Os quatro foram atrás do cheiro familiar, era sua família, sua amada família que não viam faz tempo.

- mães! - Ryan exclamou feliz indo abraçar as mulheres que já estavam levantadas sentindo o cheiro deles.

- ei! Estragaram a surpresa! - Zuri reclamou deixando a toalha em algum lugar.

- meu amor - Herry sorriu caminhando até ela mas foi impedido pela pequena mãozinha da menor.

- Senhor ruivo, eu sou uma mordomo de respeito, então todas as pessoas nesta sala, por favor, sentem e aproveitem o belo jantar.- a morena interrompeu-se quando viu a linda mulher de mais cedo, aquela que fazia par com o homem desconhecido e a coelhinha.

Ela dirigia-se apressada com o outro homem atrás, eles iam em direção da cozinha.

- ei! Essa área é rest - a pequena interrompeu-se novamente sabendo que não conseguiria pronunciar a palavra difícil que aprendeu com a coelhinha - proibida! - foi rápida em pensar numa palavra substituta.

Dando uma pequena corrida até à cozinha conseguiu alcançá-los e meter-se entre a porta e eles.

- sinto muito, área proibida, a chefe precisa de privacidade! - antes mesmo que pode-se começar uma longa fala sobre como a cozinha é uma coisa difícil que leva tempo para ficar perfeito, ouviu o grito estridente da menor chamando seu nome.

- Zuri! Zuri vem aqui agora!

- É o dever me chama, sabem como é pessoal, tenho trabalho a fazer - e entrou na cozinha ouvindo o riso de Ryan que estava mais atrás acompanhado de todos os outros convidados.

- Sua companheira é uma má influência! - reclamou o loiro, aparentemente companheiro da coelhinha - preciso da minha outra mulher!

- precisamos! - reclamou a mulher de pele parda, seus olhos de muitos tons demonstravam impaciência.

- tudo bem minha raposa atrevida! - elevou as mãos para cima e só relaxou novamente ao vê-la sorrir minimamente.

Em questão de segundos estavam agarrados em um abraço apertados.

- quero minha morena! - reclamou o loiro, cruzando os braços tatuados ao presenciar a cena -  e quero-a agora.

- nós também - deixou claro o ruivo falando também pelo irmão.

- meus filhos cresceram - choramingou clara nos braços da sua mulher que continha um sorriso no rosto.

Mais atrás estava Duque.

Comendo todas as tostas possíveis, cachorro esperto, esperou o momento certo.

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