Capítulo 45

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- Como ela saiu daquela salinha? - perguntou Zuri a si mesma - você não tinha a amarrado? - perguntou para Mia.

- Eu? Mas eu nem estava lá! - respondeu confusa, Zuri às vezes parecia que fumava umas.

- Ah é, então foi o Duque! - virou a cabeça para o mesmo que subia no colo de Issac.

Já deitado, o mesmo virou a cabeça como se fala-se - eu nem posso fazer isso agora.

- Ah é... Esquece, deve ter sido eu que amarrei mal - ela estava confusa, talvez fosse o sono, tava tarde mas ela não se importava - quem quer café?

- café? Mas tá de noite - Mia falou confusa cheirando o pescoço da companheira, tinha um cheirinho tão bom.

- Meus pais sempre bebiam café após a refeição, bom, pelo menos no tempo em que tive com eles, depois eu não sei - sua voz estava embolada mas ela continuava comendo, afinal, não iria desperdiçar pizza de chocolate, olhando vagamente para a janela, ocorreu-a uma ideia - vamos beber café na piscina, tá calor.

Tava frio.

Mas isso não a impediria, com a ideia em mente Zuri tentou sair do colo de Herry, mas o mesmo a prendia forte.

- O que planejas aprontar desta vez pequena rosa? - um apelido novo, tudo bem, ela também sabia jogar assim.

- Eu? - perguntou de forma dramática - Aprontar algo? Nunca - sorriu amarelo - vou apenas ali com a coelhinha e Duque, nunca apontaria nada - pensou por uns segundos, ela precisaria de um apelido, mas o sono a impedia de pensar - meu chocolate de morango - o ruivo riu, amou o apelido mas não iria perder o foco da conversa.

- É esse "ali" seria onde exatamente - o ruivo perguntou fungando no pescoço da mesma, bebendo do cheiro deliciosamente viciante de chocolate e tintas frescas que Zuri emenava.

- Ah, se sabe, ali é, ali - sorriu não indicando nenhum lugar - mas é isso, eu já vou - sorriu beijando os lábios de Herry que a apertou mais forte, firmando e moldando melhor os braços em volta dela.

Zuri precisava de café, pelo menos na sua mente ela afirmava que sim, a morena estava sonolenta, mas ela não queria que a noite terminasse.

- meu chocolate, eu vou - pensou um pouco direcionando o olhar a Duque, ela precisava de uma desculpa, e ao ver o cachorro, ela achou - dar comida ao Duque, tadinho, nem ração nem nada, passa fome - o menor a olhou mortalmente, Zuri o faria comer aquela porcaria e ele não gostava nada disso.

Mas nada fez, afinal, o que ele não faria por Zuri, sabendo que ela faria tudo por ele.

Bingo!

O aperto dos braços de Herry diminuiu, os três corroídos pela culpa, eles esqueceram do menor e isso era imperdoável.

As vezes os três pareciam esquecer que Duque é um cachorro, ele agia de forma tão...

As palavras fugiam, não era como um cachorro certamente.

Eles agora estavam tão entertidos em alimentar Duque que nem repararam na menor que saiu em direção à cozinha.

- Amor, eu vou ali com a Zuri - informou a coelhinha beijando os companheiros e saiu em direção à cozinha.

- O que elas vão aprontar, em? - A loira mais velha perguntou.

- Não sei minha bolotinha - beijou o nariz da mulher e Ana continuou.

- Mas vai ser bom de assistir, Zuri parece amar aprontar, nossos filhos que aguentem, agora só precisamos nos encarregar de ter pipoca para assistir - sorrindo, a mulher pele de chocolate fora beijada pelos lábios de seus eternos amantes.

Quando coelhinha chegou na cozinha, estava Zuri sentada, no chão, de telemóvel na mão, ouvindo e vendo um vídeo no YouTube.

- O que tá vendo - perguntou a loira sentando ao lado dela.

- Um tutorial - sorriu pequeno pelo sono e pausou o vídeo vendo o título do mesmo - "tutorial - como fazer café"

- E? - perguntou deitando a cabeça no ombro da amiga.

- Nada, tá falando de como fazer café, tipo, fazer mesmo, não com a máquina - suspirou, assim o dia logo terminaria - parece que o Grã Mestre YouTube falhou agora - deitou a cabeça na da Mia, mas levantou com uma ideia - vamos tentar o Supremo Deus Google.

- Calma, não é preciso, eu sei fazer café - sorriu exibindo os dentinhos branquinhos.

- E tu só falas agora? - fez um biquinho levantando, consequentemente fazendo a coelhinha levantar.

A mesma apenas riu seguindo em direção à máquina de café, não é difícil de fazer.

- Quantos? - Mia perguntou já pondo a primeira cápsula, Zuri olhava atenta.

- Ah bem, eu não sei, uns, três? - para ela, que chávenas pequenas pensou observando Mia fazer o café.

- Açúcar ou aduçante? - A menor a olhou confusa - sem nenhum? - perguntou estranhando, café puro era ruim, pelo menos para o paladar da loira.

- Um com açúcar, outro com aduçante, e o terceiro sem nada - sorriu resolvendo o problema.

- Ok - Falou estranhando, mas não tanto, algo que Mia tinha reparado era que Zuri era estranha, mas um estranho bom.

Com os três cafés prontos Zuri pegou na primeira chávena e deu um gole levando todo o líquido, logo fazendo careta.

- Quente, e amargo, acho que este era o sem nada - bebeu água para tirar o gosta e passou para o próximo.

Agora ela tava mais acordada, pensou ao beber o outro da mesma forma que bebeu o primeiro.

- Hum - vez um som como se tivesse avaliando o gosto - Horrível do mesmo jeito.

Concluiu pegando a terceira chávena e repetindo o jesto que usou para beber as outras.

- Hum, bom, tá mais suportável que as outras - olhou a coelhinha que observava a menor com os olhos bem abertos - acho que vou ficar acordada até amanhã à noite - sussurrou para si pensando no que fazer à noite para deixar o dia melhor ainda.

Aí ela pensou.

Zuri não vai poder incomodar os convidados de honra pais deles, nem os namorados da coelhinha, nem a coelhinha, Duque tá fora de questão por leva muito a sério o sono de beleza, só sobrou eles.

Seus belos companheiros.

Ela queria sentir aquele negócio denovo, aquela vontade, aquele sentimento que só eles causam nela, ela iria seduzi-los, ela viu em filmes, indo bem nas memórias mais antigas, aquelas que ela não queria lembrar.

Quando a TV dava esse tipo de cenas e aquele homem soltava sons, a olhando.

Não importa, o importante era o presente.

E o presente são seus companheiros.

E Duque.

Ela iria sentir aquilo que só os seus homens a faziam sentir, à noite e se ela podesse, seria todos os dias.

Mas quem disse que não pode?

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