Capítulo 36

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- Ela é a governanta da casa à umas três semanas, e eu não sei porque, mas ela não gosta muito de mim desde que chegou aqui - suspirou triste - ela me olhava feio, meus namorados tinham de sair a certas horas do dia, o que fazia eu ficar sozinha com ela já que ela dispensava o resto das pessoas que estavam aqui e me obrigava a fazer o trabalho de todos sempre ganhando os créditos disso! Eu não me importo de trabalhar, mas ela me deixava exausta e sem comer, meus namorados nunca repararam porque ela me ameaçava então eu escondia, mas hoje eles saíram cedo, então deixei-me dormir - agora as bochechas tornaram-se avermelhadas, a noite anterior deixara a coelhinha sem energias - fui acordada com água gelada, foi aquela mulher, ela disse-me coisas horríveis, que eu era uma puta e ela merecia estar no meu lugar não eu, eu irritei-me, irritei-me muito - reforçou a palavra - tivemos uma pequena discussão que acabou com ela me batendo, fiquei com medo e corri até a floresta em forma animal, ainda tentei achar meus namorados mas acabei ficando presa - os olhinhos azuis estavam focados nas mãos na mesma, consequentemente fazendo Zuri olhar para lá, tentando achar o que tento interessava a coelhinha em suas mãos, e não achando nada, só a mesma se arranhando, Zuri segurou-lhe as mãos olhando em seus olhos - depois de umas horas fiquei pensando no que aquela mulher falou e vi que, talvez, só talvez, ela tenha razão - A morena sentiu quando uma lágrima da loira caiu sobre suas mãos.

- história grande - comentou ainda prestando atenção na loira - enfim, ela não pode fazer mais nada, eu a Sra. Agente Zuri já dei um jeito nela - a conforto tentando tirar aquele clima, ela não sabia o que dizer, não os conhecia então não poderia falar nada mas com o que ela viu até agora, eles parecem gostar muito da coelhinha.

- como? - perguntou confusa, não que ela não acredita-se em Zuri, mas era difícil de acreditar que uma mulher da altura da morena conseguiu derrotar a a vibora maligna como coelhinha a denominava.

- vem comigo - Mia a acompanhou até uma porta já conhecida pela mesma, espantando-se ao encontrar a mulher mais velha lá, amarrada.

Os olhos da mesma estavam abertos, parecia que ela soltava fumo pelas orelhas de tanta raiva de estar ali.

- como você? - a loira começou falando bem baixinho.

- uma técnica antiga que aprendi - sorriu gabando-se mas Duque latiu em revolta - além disso Duque é muito assustador - confirmou o que sabia que o cachorro queria ouvir.

Ambas saíram do local e tornaram a sentar no sofá confortável.

- será que vão demorar para voltar? - perguntou Zuri já pensando em sair para procurá-los

- não sei - respondeu baixo - eles devem tar com frio.

- E fome - Zuri completou olhando seriamente para a loira - muita fome! - ambas ficaram em um silêncio confortável por um tempo, até Zuri quase gritar - Tive uma ideia brilhante!

- qual? - perguntou realmente curiosa e querendo logo livrar-se do tédio.

- Vamos fazer um jantar, um jantar digno, tipo, vamos convidar pessoas e tudo, vai ter comida chique e um mordomo! E cozinheiro também! - falou levantando e ficando em pé no sofá.

- tipo, um jantar em família? - perguntou a coelha.

- ahn, sim, tipo isso, mas eu não sei como chamar as pessoas, não tenho telemóvel e mesmo que tivesse eu não sei como ligar, nem o número da família de ninguém - começou a frase feliz e terminou triste como uma flor que foi murchando.

- Bom, eu sei, tenho o número de todos, vou ligar para a mãe Ana, a mamãe Clara , o pai Gustavo, o tio Ryan, o tio Issac, o tio Herry - continuou alistando nomes até ser interrompida.

- eu não sabia que os conhecias, mas tudo bem, os últimos três já estão presentes - foi interrompida bruscamente por uma loira mais animada.

- os tios já estão aqui! ? Isso - comemorou com uma dança estranha que Zuri imitou mesmo sem ter um motivo para fazê-la, ela só queria dançar.

- tá bom então, temos de combinar tudo primeiro, aparentemente somos só nós duas na casa, além da vibora ali - surrurou apontando para a porta no final - logo teremos muito trabalho, eu sugiro dividirmos as tarefas - a loira apenas concordou com a cabeça e Zuri continuou - tu vais já ligando para as pessoas, tens de fazer de tudo para elas virem - a morena pensou um pouco tendo uma mão no queixo - diz que tem um palhaço, ninguém registe a palhaços, mas se alguém resistir fala que tem chocolate grátis - a coelhinha sorriu já pensando que isso não era necessário, era só falar que seus tios tinham achado sua companheira que vinham todos a correr, um sorriso pelos pensamento e Zuri continuou - vamos dividir assim, eu e Duque mordomos, vamos já por a mesa e tu cozinheira - o rostinho da coelha se contorceu.

- Zuri, eu não sei cozinhar - informou a coelha de olhos vibrantes.

- nem eu, Duque até sabe mas ele se recusa a fazer sem ser pago, logo vai ter de ser você - Zuri levantou do sofá - vamos tu consegues!

Tentou encoragar a amiga.

Deu certo!

- ok, tudo bem, eu vou pegar um totorial no YouTube, vamos comer comida chique - terminou a frase com animação.

As duas mulheres e o cachorro preparavam tudo, quando Mia foi ligar para a mamãe Clara, tal como pensou, não foi difícil convencê-la.

- Boa noite queridissima mamãe Clara, queria informar está convidada esta noite para um jantar realizado na casa dos seus filhos, esperamos que compareça, vai ter palhaços e chocolate, além de que irá conhecer também a tão estimada companheira de seus outros filhos - terminou de ler um cartão onde escreveu as informações que tinha de dar, e acrescentando outras.

- Mia meu bem, é você? - a loira soltou um resmungo positivo - que história é essa de companheira?

Soltou a pergunta que estava entalada  na garganta da mais velha, era impressionante seis filhos, duas delas de  consideração e só agora que soube.

- Sim, é esperamos que compareça - Mia sorriu ao ouvir o grito esterico da mais velha a chamar por todos e logo em seguida teve sua confirmação da presença de todos já que o resto dos convidados viviam na mesma casa.

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