Capítulo 35

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O cachorro andou até a mulher empurrando a bochecha da mesma com a pata como se fosse nojento o simples facto de olhá-la.

- agora temos de agir sr Agente Duque - Zuri falou animada, olhando para todos os lados como se tivesse sendo gravada - o que faremos com o corpo da suspeita - a menor parou um pouco para decidir e foi como se desse um pause no filme - Duque ela vai ser suspeita ou inimiga? - ela sentou-se pensando até que decidiu - não importa.

Duque acentiu olhando para a mulher e em seguida para uma porta entreaberta que o mesmo já tinha entrado enquanto Zuri fingia ser surda.

- o que tem ali? - olhou o cachorro que pareceu revirar os olhos - espera! É para eu levá-la para lá?

Zuri sorriu sapeca ao receber a confirmação do menor, e mesmo estranhando não ver ninguém pelos longos minutos em que levou a mulher para aquela espécie de armário, ao terminar de amarrá-la com uma corda que achou, ela pensou seriamente sobre começar a fazer exercício físico.

Mas desistiu ao pensar em fazê-lo.

E terminou de amarrá-la enfiando uma meia da própria na boca da mulher.

- Agora vamos procurar a mulher desaparecida sr Agente Duque - Zuri sorriu se dirigindo para fora da casa em direção à densa floresta escura.

Passou muito tempo, nem Zuri nem Duque saberiam dizer quanto tempo, só que foi muito.

Não acharam nada.

- Sr Agente Duque, não quero mais ser a Sr Agente Zuri, tô cansada e começo a achar que não foi uma boa ideia - o cachorro a olhou como se dissesse "sério? Tu acha?" - sabes que nos filmes, sempre dá um corte nestas partes, aí eu não pensei de demora-se tanto tempo, além disso eu nem sei o rosto da pessoa procurada, começo a achar que somos péssimos agentes.

Poucos segundos após terminar a frase a pequena mulher soltou um gritinho e caiu de cara no chão.

- aí, acho que tropeçei em algo - comentou focando seu olhar para onde tropeçou.

Parecia uma gaiola, ou uma armadilha.

Zuri não sabia, não fazia a menor ideia, ela não tinha conhecimento do que era aquilo, mas mesmo assim comentou.

- já sei o que foi - apontou para a armadilha, Duque a olhou em dúvida sobre o que era - isto é...

Zuri esperou um pouco pensando no que dizer, mas parou de pensar ao ouvir um som, então reparou em algo, algo que estava lá dentro.

Parecia um... Coelho?

- oi fofinha - sorriu para o coelho, aí Zuri tocou-se, ele estava preso - quer ajuda para sair? Eu e o Sr Agente Duque podemos ajudar.

Zuri começou a tentar tirar a armadilha enquanto falava.

- sabe, eu e o Sr Agente Duque estávamos em uma missão dada por nossos superiores, tínhamos de encontrar uma desconhecida que aparentemente desapareceu, as nossas informações até agora e que ela mora em uma casa com flores lindas aqui, e tem um casal a procurando, parece também que ela é mulher deles, você por acaso a viu?

Perguntou desistindo da armadilha deixando Duque cuidar disso, ele era ótimo com armadilhas.

Agora livre a Coelhinha atirou-se no colo de Zuri que sorriu.

- Bom parece que hoje não completamos a missão mas pelo menos fizemos mais uma amiguinha - comentou para Duque que não parava de olhar a Coelhinha - Vamos para casa?

Todos seguiram para a casa das flores, como Zuri decorou, ao entrar na casa a Coelhinha parecia apreensiva, com medo de algo, e ao soltá-la no sofá viu a coelha enrolar-se na coberta do mesmo e virar humana em questão de segundos.

- parece que conseguis-te completar a missão - sorriu tímida a garota de estrutura baixa enrolada na coberta.

- você é uma pessoa? Aí que pergunta estúpida! - murmurou a última frase para si mesma vendo a loirinha sorrir.

- sou - respondeu à menor - mais ou menos, também sou uma coelha.

- isso é demais! - Zuri sorriu empolgada.

A coelhinha apesar de feliz em conhecer seus novos amigos, estava com medo, Zuri via isso em seu olhar, a loira olhava para todos os lados e cheirava o ar, parecia tentar prestar atenção até no vento.

- ei - a menor aproximou-se da loirinha - tudo bem coelhinha?

Suas bochechinhas coraram com o apelido da morena.

- ahn, bom.. Sim, tudo bem, é que, tava procurando meus namorados mas não lhes sinto o cheiro nem consigo ouvir suas vozes - a loira sentou no sofá mais aconchegada - eles têm melhor olfato, saberiam que estou aqui e nem vieram me ver - comentou triste ao pensar que não a amavam mais pelo acontecimento de mais cedo.

- não é nada, eles só não estão em casa, até me contrataram a mim e a Duque para te achar - Zuri sorriu sentando com ela e a abraçando de maneira desengonçada - mas eu não entendi uma coisa - a loira acenou para que continuasse - se você e seus namorados são os donos, porque tinha uma mulher aqui na sala a dar ordens para todos? eu não gostei dela! - terminou cruzando os braços lembrando da mulher de mais cedo.

- u-uma mulher? - levantou-se a coelha assustada - ela ainda está aqui? Pensei que tivesse dado o horário dela ir embora - Falou quase chorando, isso confundiu Zuri.

- Bem, ela meio que não tem como ir embora agora - a loira franziu o cenho ainda com medo - mas porque você tá assim? Ela te machucou? Porque se sim eu dou um jeito nela, ninguém machuca meus amigos, né não Duque?

O cachorro latiu em concordância, e de certa forma, a loira até se sentiu mais segura perto deles.

- Obrigada, por tudo. - sorriu a coelha - já agora meu nome é Mia - estendeu a mãozinha.

- Zuri! - apertou a mão na dela ouvindo um latido de Duque - e este cão assustador é o Duque!

- Ahn, Zuri - a coelha chamou ganhando um sorriso enorme da menor

- Sim coelhinha? - perguntou recebendo um risinho da loira.

- o que você quis dizer quando falou que aquela mulher não pode ir embora - comentou apreensiva.

- eu posso até falar mas tens de me dizer o por que de tanto medo dela - Zuri tentou negociar com a loirinha que pensou um pouco na situação.

- ok...

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