Capítulo 44

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Zuri voltou para a sala de jantar, todos conversavam alegres e ela notou que não tinha mais ninguém comendo, será que estão cheios? Perguntava-se mentalmente.

Mas como? Tão cedo, ainda caberiam uns cem pedaços dentro dela.

Seu cenho estava franzido pensando naquilo, mas no final das contas deu de ombros, afinal, "mais sobra."

A morena caminhou desta vez para o colo de Herry, que obviamente acolheu sua mulher em seus braços fortes.

Começando a comer novamente Zuri sorriu com o sabor novo, aquela tinha um chocolate diferente, mas ela não se importou em saber qual, tava muito gostoso para a menor importar-se com isso.

Zuri estava tão submersa nos novos sabores que na verdade eram os mesmos mas juntos, apesar disso eram tão diferentes, mas bom.

Que não ouviu quando uma voz estridente gritou.

- Ai está um dos pequenos demônios! - se referindo a Zuri e Duque, a mulher de cabelos castanhos vociferou - eles me desmaiaram e amarraram no armário de limpezas com uma meia na boca! - suas acusações eram verdadeiras, mas Zuri não estava nem aí, ela comia descontraída no colo de Herry com o carinho do mesmo em sua coxa - chefinho, por favor, você têm que fazer justiça para mim, puna esta intrusa! - apontou para Zuri mas a mesma continuava sem dar bola, nem tinha reparado na mulher.

- Cuidado com as palavras, a senhora não é ninguém para falar assim com o meu namorado - futuro marido Ayira quis acrescentar, mas conteu-se, ela não queria brigar na frente de Mia.

Mas seu lado possessivo gritava querendo arrancar a língua da mulher.

"chefinho"? "você têm que"? Quem ela pensava que é Ayira.

- Sim, sim, chefinha eu... - Tentava se explicar sem irritar seus chefes, quando a mulher olhou a coelhinha nos braços de Ayira, seus olhos se arregalaram, "o que aquela puta..." eram seus pensamentos, ela pensou que se livrando de Mia, conseguiria se aproximar de seus chefes e ficar no lugar da loira.

A mulher não pensou ser difícil de se fazer, afinal, ela achava a loira uma aberração nojenta, não seria difícil trocá-la por algo melhor.

Mas acontece que ela voltou.

A menor no entanto apenas escondeu a cabeça no pescoço da companheira, ela estava a ponto de chorar.

- Eu o que? Que eu saiba seu turno já acabou, saí, se não terei que despedi-la - fora Ayira que falou ao sentir a companheira choramingar no seu pescoço, seu aperto de tornou mais firme, tentando passá-la confiança.

Enquanto isso Zuri comia e Duque aproveitava show de graça.

Mas ao ver a nova amiga no estado em que estava, teve de interferir.

O cachorro então chamou a atenção de Zuri, que ao perceber o que se passava, logo gritou.

- Ei, cobra feia, o que você faz aqui? Não tentes intimidar a minha amiga de novo! Se não eu - parou uns segundos na sua ameaça, mas quando viu que o tempo passava e nada vinha na cabeça dela ela continuou - vou fazer algo assustador com você.

- Ótimo, vocês viram, este demônio surdo acabou de me ameaçar! - fingiu choramingar nos pés de seus chefes, mas os mesmo desviaram.

- Ei, quem você tá chamando de demônio? Eu sou um anjo! Fala para ela Ryan - apontou o dedinho com um beicinho nos lábios, eles sempre falavam que ela era um anjo.

- Quemv você pesa que é para te referires à minha mulher assim? - foi Ryan que vociferou irritado, aquela mulher já está morta.

E se dependesse dos três seria agora, mas eles nunca fariam uma atrocidade daquelas com Zuri vendo.

Encantada com a beleza dos três homens ali, a mulher viu outra optunidade de ter aquela vida, ela queria ser a mulher sentada no colo de Herry.

Ela não sabia se Issac fazia parte, mas só o loiro e o ruivo a satisfaziam no pensamento.

- Ei, para de olhar assim pra eles -  reclamou a pequena mulher de braços cruzados e Herry sorriu minimamente, Zuri com ciúmes era adorável.

- Sr, eu sinto muito, mas essa mulher que ele - apontou para o ruivo - tem no colo, é só uma empregada surda que lê nossas bocas, ela me prendeu e usou aquela fera que por Deus não sei onde se esconde, mas Sr, o assunto é algo sério, não se deixe enganar, expulse-a antes que - sua fala foi interrompida com o barulho alto da mão pesada de Issac que colidiu na mesa fazendo a mesma tremer.

- Basta! - ninguém nunca o tinha visto assim, o rosto de Issac estava sério, como sempre, mas algo na expressão dele que a fazia assustadora - É a segunda vez que insulta minha mulher, a senhora está procurando a morte - não foi uma pergunta, ele estava afirmando, aquela mulher não sobreviveria até amanhã de manhã para contar a história.

- Sim! - gritou a morena tentando imitar o movimento de Issac, mas nada na mesa mexeu, então continuou - primeiro a coelhinha, agora eu, juro que te mordo! - ameaçou, agora sim ela pensou, sua ameaça era assustadora, com certeza essa mulher se assustaria.

- A coelhinha? - foi a pergunta de Leonardo - como assim?

Foi aí que Zuri abriu a boca, ela contou tudo mesmo com Mia implicando, e se reclamando não resolvesse, ela iria tomar medidas extremas comprido sua ameaça.

- Como é que é? - elevou o tom irritada, Ayira estava a ponto de matá-la, mas então começou a checar o corpo da companheira, aquela inútil bateu na sua mulher, debaixo do seu teto e ainda não está morta.

- Sim e - a morena menor ia continuar mas a outra mulher gritou a assustando por leves segundos.

- Cala-te sua puta surda ou eu acabo contigo! - péssimo erro, intimidar e assustar Zuri? Ela é apenas um cadáver vivo, que logo, logo estará morto.

- Seguranças! - uns homens que Zuri nem viu apareceram levando a mulher que gritava estérica, eles a matariam mas não na frente de Zuri e Mia, ela e Clara eram sensíveis, mesmo que Clara nem tanto.

Rapidamente os três trocaram olhares com Ayira e seu namorado, eles acabariam com aquela que tentou de alguma forma magoar suas companheiras.

- Isso mesmo pode ir embora! - Zuri gritou por fim.

Quem aí lembrava da mulher no armário?

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