13.

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Depois de ter ligado e falado com uma, até então, Sophia sóbria e ter ganhado os parabéns de todos, estava até mais tranquilo. Quer dizer, não sei bem o que é estar tranquilo quando um Harry Styles está ao meu lado dentro de um carro, mas tudo bem.

Ele ainda estava com dor, mas tínhamos passado em uma farmácia e fiz um curativo em alguns machucados espalhados por seu rosto.

- Não sei se você vai lembrar, mas sabe nos seus dois últimos aniversários?

- Longe daqui? - Tento parar a maldita mania de batucar meus dedos nervosamente em minhas pernas e olho pela janela do carro.

- Sim... Você percebeu alguma coisa diferente neles?

Sim, você não estar lá comigo.

- Huh... Não? - Pergunto, tentando ao máximo não demonstrar que eu queria que ele dirigisse o mais devagar possível, me fazendo aproveitar cada mísero segundo ao seu lado... Sem brigar.

- Nem de quando alguém te ligava à meia-noite? - O vejo sorrir divertido e tudo cai. Até eu mesmo.

Está faltando ar.

- E-Era você? - Pergunto, completamente assustado e supreso.

- Nunca desconfiou?

- Eu atendia e você desligava... Não teria como saber. - Falo e o vejo rir. - De qualquer jeito, aquele não era seu número!

- Bem, no seu primeiro aniversário longe, eu consegui pegar seu novo número no celular de Gemm e liguei do telefone de um amigo. E no segundo, quando deu meia-noite, peguei o celular de Nick e liguei para você. - Ele faz uma pequena pausa e eu só consigo assentir. - E, sem contar, das diversas vezes que liguei quando estava triste só para escutar sua voz e me acalmar. Logo depois apagava seu número para que ninguém desconfiasse... Eu não poderia deixar de pelo ao menos ouvir sua voz e ter certeza que não quebrei a tradição de ser sempre o primeiro a dar os parabéns, mesmo que eu não falasse nas ligações. - O vejo rir divertido, mas eu só consigo sentir dor e me culpar por nunca ter percebido que, mesmo longe, ainda era a única pessoa que fazia Harry ficar bem em momentos difíceis. - Quer dizer, é difícil compreender quando as pessoas dizem que você está bem e seguindo com a vida, mas é muito melhor quando eu mesmo tenho a certeza de tal.

Vejo o céu abrir uma luz em minha direção.

- E-Eu não fazia ideia de nada disso... - Choramingo, tentando lidar com toda a dor que anda apertando dolorosamente meu peito. - Vo-Você pode parar o carro?

- Está passando mal?

- Não. Bem, se você considera uma pessoa que quer chorar até morrer estar passando mal, então eu acho que estou. - Esfrego minhas mãos por todo meu rosto e me esforço ao máximo para não chorar.

- Lou, e-eu não sabia que iria fazer você ficar triste contando sobre isso. Meu Deus, eu achei que lhe faria feliz. - O sinto parar o carro e o olho nos olhos, querendo beijar cada parte de seu rosto franzida em preocupação.

- Você não sabe como me deixou feliz, Harry. O problema não é esse. Está longe de ser... - Desabafo, suspirando pesadamente e o vendo se ajeitar no banco do motorista.

- Então qual é?

- Eu mesmo.

- Louis, você não é e nunca foi um problema. - Me ajeito no banco e viro para ficar de frente para Styles, soltando um soluço sufocado e o vendo me envolver em seus braços. - Você sempre foi minha solução.

Aumento o aperto do abraço e já não consigo segurar meu choro. Não consigo mais pensar na hipótese de ter que deixar Harry se casar com outra pessoa.

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