XVII

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Mal o sol lançava seus primeiros raios de luz sobre a terra ainda molhada pelo sereno da noite, nós já nos aprontávamos para continuar a busca por algum rastro, qualquer sinal que pudesse mostrar como poderíamos chegar até onde se encontravam a Cora e o meu pai.
Andamos ainda mais pelo caminho de terra e vegetação até chegarmos, já quase de tardezinha, a um lugar onde a estrada que seguiámos se dividia em duas e nós não fazíamos ideia de para onde deveríamos seguir.

_E agora, Pero, o que vamos fazer? Falei desesperado.

_Não sei, mas preciso de tempo para pensar. De qualquer modo, já é hora de procurarmos um local seguro para passarmos a noite.

Pero procurava mostrar que estava calmo e tinha o controle da situação, mas na verdade talvez estivesse tão aflito quanto eu.

Mais à frente, cruzando a estrada de terra, nos deparamos com dois caminhos e vimos uma pequena e pomposa goiabeira em que decidimos ser adequado para tentar dormir e virar àquela noite.
Pela manhã decidiríamos se íamos pela esquerda ou pela direita.

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