XV

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A noite chegou e - cansados de tanto andar por aquele caminho de terra que parecia não ter fim, cercados apenas por muito mato, com os papos vazios por não termos comido nada - eu e o Pero deitamos num ninho improvisado por galhos secos de um caju...

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A noite chegou e - cansados de tanto andar por aquele caminho de terra que parecia não ter fim, cercados apenas por muito mato, com os papos vazios por não termos comido nada - eu e o Pero deitamos num ninho improvisado por galhos secos de um cajueiro e dormimos pesadamente, não por sono, mas por cansaço mesmo.

...

No meio da noite, acordei assustado por ouvir um terrível barulho. Quando consegui abrir os olhos e me concentrar no que estava acontecendo, olhei para o Pero que estava dormindo próximo a mim e o vi com os olhos arregalados, olhando para mim sem piscar e me mandando um sinal com a asa de que eu não me mexesse.
Olhei para ele e abri o bico como se estivesse dizendo que entendi.

Ficamos quietos e esperamos. De repente, saiu de dentro da vegetação uma cobra verde, enorme se comparado ao tamanho de apenas dois franguinhos, e passou pelo meio de nós, que estávamos separados por uma pequena distância.

Nos entreolhamos e continuamos assustados, morrendo de medo.

Se aquela cobra nos visse, estaríamos fritos.
Felizmente ela passou direto sem perceber a nossa presença.
Ficamos o resto da noite deitados esperando o sol raiar para continuarmos a jornada em busca de nossos entes queridos.

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