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Paguei o senhor já de idade, o agradecendo pela corrida

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Paguei o senhor já de idade, o agradecendo pela corrida. Arrastei minha mala até a entrada da casa na qual eu cresci. Respirei fundo após cruzar a cerca, sentindo o aroma característico das flores que minha mãe tanto amava. Bati duas vezes na porta, e ela foi imediatamente aberta. Não demorou nada para que fosse puxada para dentro e rodeada pelos braços de meus pais, que se agarraram em mim.

-Kira, querida, estávamos com tanta saudade!- Minha mãe foi a primeira a falar, de forma abafada por estar presa a mim, dei risada retribuindo o abraço de ambos.

-Também estava com saudades, mamãe.- Confessei, ela se soltou de mim, então comecei a tentar soltar meu pai.- Oe, pai, eu também senti sua falta.

-Quem bom.- Me soltou finalmente com um sorriso convencido.- Eu sou seu favorito mesmo!

-Pare de mentir, querido, é extremamente feio.- A mais velha provocou, empinando o nariz, meu pai rosnou para ela, dei risada olhando em volta.

Onde ele está?

-Oh, está no quarto.- Meu pai responde sorridente, como se pudesse ler meus pensamentos.

Aceno com a cabeça e subo em direção ao meu antigo quarto. Ele não havia mudado nada. As paredes ainda eram cinzas, cheias de pôsteres de vôlei e bandas que até hoje me acompanhavam, a cama de casal no meio do lugar, uma escrivaninha no canto...

Caminhei pelo cômodo sentindo uma ponta de nostalgia. Eu estava de volta. Olhei para a estante com algumas medalhas e bolas, respirei fundo quando senti meus olhos arderem. Amava tanto jogar, que algumas lembranças doíam como se houvessem pequenas lâminas perfurando meu coração.

Dei um pequeno sorriso e sai do quarto. Andei mais um pouco, parando em frente a porta de madeira com alguns adesivos desgatados. Bati na mesma, mas não obtive resposta. Abri a porta e entrei no quarto escuro.

Ele estava sentado em sua cadeira, de frente para o vídeo game. Seus olhos estavam vidrados na tela. Por mais que quisesse, não o interrompi, sabia o quanto aquilo o irritava.

Não demorou para que aparecesse "vitória" na tela, ele deixou o controle de lado e me olhou com um pequeno sorriso. Abri meu maior sorriso e pulei em cima dele.

-Oe, Kira! Calma!- Ele disse com seu típico tom de voz monótono.

-Kenma, eu estava com saudades!- Resmungo fazendo um beicinho. Ele inclina a cabeça para o lado, aperta os olhos e dá novamente um sorrisinho.

-Você continua uma criança!- Abro a boca e arregalo os olhos em choque.

-Kenma!- Jogo a cabeça para trás.- Eu sou a mais velha.

-Apenas três minutos.- Ele diz monótono.

-Vejo que não mudou nada...- Torço o nariz em uma careta exagerada. Ele dá um risinho.

𝑲𝒐𝒛𝒖𝒎𝒆 - Oikawa Tooru Onde histórias criam vida. Descubra agora