Insanidade

2K 57 16
                                    

Segunda-feira, iniciasse um novo dia com um tom mais belo ,com seu espaço marcado com os pequenos raios de Sol que batem em meio a o rosto nu e descoberto pelo edredom, o cheiro de café junto a brisa do vento espalhar pelo apartamento é uma sensação muito relaxante, melhor ainda seria pela tal companhia que faltava, estava tão feliz de estar morando sozinha, garantindo minha liberdade, minha própria pseudo liberdade, porém estou iludida com minha própria ideia, me sinto excluída das atividades familiares, a pontada da carência junto a falta de presença afetiva me deixava depressiva.

Apesar de ter essa fobia de ser esquecida, eu era simplesmente positiva, descartava ideias negativas mas sempre algo dentro bem lá fundo que fazia esse castelo de cartas derrubar assim tão fácil, deve ser pelo motivo eu ter terminado com o meu antigo namorado clichê que com palavras falsas me faziam cair em sua lábia, com frases românticas e estrategias com o coração que conseguiam driblar qualquer pensamento de lealdade, porém me feria sabendo de rumores ou quando ele ignorava as minhas mensagens e minhas ligações. Colegas e amigos próximos sempre me alertarão sobre "o lobo sobre a pele de cordeiro " onde queria usar meu corpo e meus restos de sentimentos quebrados. Dói só de lembrar quando eu resolvi terminar com ele, quando ele ouviu as palavras da minha boca, não demostrou nenhuma reação, a única coisa que eu via nos seus olhos eram a pura maldade em pessoa, Richard tentou me agredir com seus grandes braços musculosos, porém sua mãe estava no local em um quarto ao lado, então recuou . Saber das mentiras dele me corroí , e ver ele pegando uma menina desconhecida me destrói . Não queria ter visto aquela suposta imagem, mas acabo revendo toda vez que eu passo na frente da faculdade ou quando a gente trabalha no mesmo setor. Nunca mais serei a mesma.

Pensamentos vem e vão em um piscar de olhos e o tempo vai junto. Era quase a hora da aula de Mecatrônica e eu não estava pronta, estava ainda de pijama de ursinho sem a calcinha, não tinha feito o café da manhã e meus livros estavam jogados na mesa da cozinha junto com as garrafas de cerveja e vodca. Nas pressas, corri como se o amanhã não existisse, em meio a tentativa quase conheci o chão pessoalmente. Depois de arrumar tudo, me joguei nas águas quentes e relaxantes da banheira, aquela antigas velas mesmo estado derretidas liberavam um odor gracioso. Com tempo de sobra eu começava a fazer bolhas como uma criança, com movimentos circulares e repetitivos. Após cansar, fiquei imóvel, estava imaginado nas propostas que o dia me daria naquele dia, quando sem querer o telefone toca e eu tento sair rapidamente da banheira apesar de uma preguiça consigo atender era minha amiga Claudia dizendo curto e grosso com um som de tristeza e choro:

-Alice! Por favor me ajuda pelo amor de Deus, o Jonathan morreu !!!

Nesse momento fiquei pasmada e acabei derrubando o telefone no chão ao saber o motivo de seu falecimento, entrei em estado de choque e as lágrimas começaram a se escorrer, tentei me apoiar em uma parede as minhas costa mas acabei sentando no chão, minha maquiagem ficou toda borrada, meu rosto em depressão e meus olhos avermelharam-se como nunca em saber que seu ex atropelar Jonathan, meu melhor amigo. Eu não conseguia aceitar a suposta morte, logo voltei em si e peguei do chão o telefone e comecei a lamentar e consolar Claudia, entretanto eu nem conseguia me alto consolar então um silêncio tomou o lugar da fala. Nesse exato momento, peguei as chaves e o celular e corri para a casa da mãe de Jonathan. Entrei correndo no carro, coloquei as chaves, dei a marcha e pisei fundo no acelerador. No caminho que percorria eu era vaiada pelos motorista mas eu os ignorava, apesar de palavrões e frases comparadas como espinhos de rosas. Cheguei alguns minutos depois, nem sequer estacionei e sai do carro com as chaves no carro, quando andei até o outro lado da calçada vi na faixada onde a mãe de Jonathan morava escrito um cartas em branco e vermelho a palavras , "jamais esquecerei um filho com você", abaixo havia a assinatura da mãe e uma foto dele quando ele tinha quatro anos com um luto escrito em cima de preto. Eu tentei não chorar mas aquele sentimento era mais forte, fiquei de joelhos na rua chorando e dizendo as seguintes palavras:

-Jonathan! Por que?!! Eu não consigo aceitar isso, você deveria estar aqui comigo! Você disse que seriamos amigos para sempre... -Nesse instante fui interrompida pela minhas memórias, comecei a pensar alto porém a mãe de Jonathan sai de casa com aqueles meus gritos de luto e me abraça dizendo:

-Você irá revelo no céu meu anjo, como meu próprio sempre disse, você sempre irá ser melhor amiga dele... - Nós envolvemos em abraço apertado em silêncio em meio a rua deserta. Quando simplesmente eu observo do nada o horizonte, tenho uma miragem , vejo ele dando um sorriso tão alegre enquanto ele caminha em meio dos raios da manhã. Penso que cheguei ao delírio que aquilo deveria parar, porém em minha cabeça a voz de Jonathan ressalta do imenso deserto de pensamento dizendo:

-Eu sempre estarei do seu lado Alice.

Pensamentos SuicidasOnde histórias criam vida. Descubra agora