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{ Juliette Freire Pov }

Quando uma pessoa querida morre, ela deixa um enorme vazio,
Saudade de um tempo que jamais voltará. Só resta se contentar com as lembranças.

No passado eu perdi uma pessoa que era uma peça fundamental na minha vida. Meu primeiro amor, para quem me entreguei de corpo e alma.

A pessoa que eu ia me casar e ter vários filhos, construir uma vida, um futuro lindo. Ele que me tornou vegetariana e fez ser quem eu sou hoje.

Agora é muito assustador, a pessoa que eu julgava estar morta, está na minha frente agora. Ele segurava uma bandeja, tinha talheres, um prato e um copo de suco.

Um meio sorriso brincava na face dele, Eu estava vendo a hora de meu coração sair pela boca.

As lágrimas já caiam dos meus olhos sem aviso prévio. Ao ver aquele homem bem à minha frente me olhando preocupado, nervoso e ansioso, como eu bem conhecia e sabia decifrar cada uma de suas expressões.

Eu não conseguia dizer nada, meu corpo parecia mole naquele momento, faltava pouco para eu cair ali. Eu me nego a isso.

—Eu trouxe comida para você.–Ele trouxe a bandeja de refeições e colocou ela no canto da cama, ficando apenas quatro passos de mim. Ele começou a mexer em suas mãos em um ato falho de acalmar seu nervosismo. Eu ainda imóvel, não consegui dizer nada.

Apenas analisei aquele homem, Ele estava mais forte e um pouco mais alto, não sei se era pelos seus sapatos de couro preto.

Estava usando roupas refinadas, diferentes das jogadas que ele usava quando morava comigo, melhor, quando ele fingia ser uma pessoa que não era. Uma blusa branca e um terno azul marinho, acompanhado de uma calça jeans cor de vinho.

O cabelo estava a mesma coisa, apenas com um cavanhaque. As palavras sumiram.

—Eu... –Fechou os olhos em busca de se acalmar.—... trouxe sua refeição favorita.

—Que palhaçada é essa?–Finalmente consegui dizer algo.

Minha voz estava trêmula, o peguei de surpresa. Rodolffo arregalou os olhos.

—Stir Fry De Tofu E Arroz.–Ele respondeu por achar que eu estava perguntando sobre a refeição, talvez ele só esteja fingindo.

Fechei meus olhos para tentar acordar daquele sonho/pesadelo sem graça. Por quê a vida adora me maltratar?

Eu já estou me sentindo culpada por Sarah estar presa e quero tira-la de lá imediatamente. Para completar a minha sorte, estou aqui. Eu vou enlouquecer e tenho motivos plausíveis para isso!

—Não pode ser, eu tô tendo alucinações.–Ri muito, sem nenhum resquício de humor.

Fechei meus olhos fortemente para ver se eu acordava, assim que abri, me dei conta que foi um ato falho porque não mudou nada, ele ainda estava lá me olhando com certa expectativa.

Que droga é essa? Me drogaram? Eu fui dopada?

—Alucinações bem reais!–Ele afirmou dando um meio sorriso nervoso.

—Para de brincar comigo! Vocês me drogaram? Quem é você?– Pergunto ainda mais espantada.

— Eu sou seu noivo, O Rodolffo, lembra?– Ele soou o mais tranquilo possível.

— VOCÊ ESTÁ MORTO!–Gritei revoltada, sentindo as lágrimas da raiva vir com mais força.—QUAL É O SEU PROBLEMA, CARA? POR QUÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO DESSE JEITO?!

— Se acalma.–Ele pediu, levantando as duas mãos em rendição.
Tentou se aproximar, me desviei rapidamente quase caindo. Consegui manter distância dele.—Juliette, ninguém te dopou ou usou algo ilícito com você. Até porque eu nunca deixaria, apenas te demos um boa noite Cinderela mas foi para te trazer para cá, nada mais além disso. Agora se acalma e vamos conversar.

Agente FBI | sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora