03' Epifania

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#DançandoNasEstrelas

Meu nome é Jeon Jungkook e eu sou o homem mais rápido do mundo. Para o mundo externo, eu sou um bailarino normal. Mas secretamente, com a ajuda dos meus amigos dos Laboratórios N.Y.A.D., eu luto contra o crime e busco outros meta-humanos como eu. Eu encontrei o garoto que roubou todo preenchimento labial do mundo. Mas ao fazer isso, abri o nosso mundo a novas ameaças, e eu sou o único rápido o suficiente para detê-las. Eu sou o Flash.

Novas ameaças, porque eu simplesmente não sei reagir a uma situação de perigo. Acabei fazendo o maior escândalo para sair daquele beco estranho, unicamente porque eu juro ter visto o grandalhão me ver ali.

E não, não estamos dentro de um episódio da segunda temporada de "The Flash", eu só achei que seria legal começar com o bordão dele. Não pergunte o porquê.

Voltando à minha fuga impensada, vamos retroceder alguns acontecimentos.

Bom, lá estava eu, sentado na calçada comendo meus donuts maravilhosos, quando vi o garoto dos lábios avantajados, passar pela calçada que ficava do lado oposto da que eu estava, e sendo o imbecil que eu sou, achei, inocentemente, que ele iria para a NYAD, mas surpreendentemente — ou não —, ele simplesmente entrou em um beco estranho, e como sou um fofoqueiro ainda pior do que aquelas velhas de bairro, decidi ir atrás assim mesmo.

E foi aí que a merda desceu.

No momento em que eu vi um homem três vezes maior que o garoto, entregar-lhe uma mochila, ele olhou para mim. Ele. Olhou. Para. Mim.

Antes de contar o que eu fiz, vou lhe fazer uma pergunta muito simples, querido leitor.

O que você faria numa situação dessas?

Eu espero de verdade que não seja a mesma resposta a qual eu tenho para essa pergunta, mas caso for, nos vemos no céu, meu caro. — ou no inferno, vai saber.

Minha solução para o problema, foi dar as costas e sair correndo, mas aí você diz "parece ter sido o certo", mas acalme-se, eu ainda não terminei. Além dessa imbecilidade, eu comecei a gritar como um maluco, eu corri tão rápido que sequer percebi quando cheguei à agência.

Eu me senti o próprio papa-léguas.

Não sei se alguém me seguiu ou se eu fui um idiota de me desesperar assim, mas assim que me dei conta, cá estou eu, em frente ao meu dormitório.

— Caralho, tu 'tá bem cara? — ouço Thomas perguntar, como se não fosse sua culpa meu estado atual.

Eu respiro de forma arrastada e notavelmente ofegante, não importa a quantidade considerável de ar eu puxe, o ar não vem de forma alguma, eu já estava achando que estava tendo mais uma daquelas crises horríveis, entretanto, assim que fui me recuperando mais do cansaço, o ar foi entrando mais facilmente em meus pulmões, e isso me tranquilizou 'pra uma porra. Não queria que Thomas presenciasse uma crise.

Seria péssimo.

— Vai se foder, Thomas Lancaster! — digo, alterado.

Thomas me olha com seus olhos grandes e pretos bem arregalados, assustado.

— Você me deixou sozinho nessa merda de cidade que eu nem conheço. Sinceramente eu espero que você tenha duas vidas, cara.

Noto que ele me olha ainda mais confuso.

— O quê...? — pergunta, incerto.

Eu me levanto colocando meu celular na cômoda que fica ao lado da minha cama e pego, pacientemente, meu carregador, e o conecto no meu aparelho e depois, ainda mais tranquilo, o encaixo na tomada. Thomas observa todos os meus passos com uma determinação iminente de desvendar o que eu faria em seguida.

DANÇANDO EM SIRIUS • JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora