CAPÍTULO 3 - TOUCHÉ

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Bem, eu nunca quis me gabar, mas eu tenho ele onde eu o quero agora. Nunca foi minha intenção me gabar, roubar tudo de você agora. Mas, isso é tão bom, porque eu tenho ele onde eu o quero agora.
E se você pudesse, você sabe que você
faria o mesmo porque isso é tão bom.”
(Misery Business - Paramore)



 — Uh!  – Eu arfei buscando o ar ao sentir o corpo dele me pressionar contra a parede depois de um beijo que tirou meu fôlego

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— Uh!  – Eu arfei buscando o ar ao sentir o corpo dele me pressionar contra a parede depois de um beijo que tirou meu fôlego.

Alex estava certo, nos vimos algumas vezes em outras doações que ele mesmo tinha feito questão de vir fazer mesmo sem a presença dos pais. Em uma delas ele marcou um encontro comigo, nos vimos em uma madrugada na rua atrás do orfanato. No início só conversávamos e ríamos de diversas situações, de certa forma encontramos conforto um no outro. Alex fugia das discussões infernais em casa e eu tinha meu momento de escape depois de ser atormentada pelas Barbie's Girls.

Eu me sentia diferente e livre, Alex passou a me levar a lugares que jamais sonhei em ir. Conheci o mar em um dos nossos encontros proibidos, e também foi em um deles que ele me deu o meu primeiro beijo.

O problema é que nós nunca mais paramos.

Quando nos víamos Alex me atacava e me beijava feito um animal. E bem, eu até que gostava... Era gostoso e de qualquer maneira nunca passamos de alguns amassos.

A parte mais divertida de tudo isso era rir em silêncio enquanto Bárbara se esforçava para chamar atenção de Alex a cada vez que ele aparecia no orfanato. Nós ríamos dela nas nossas escapadas noturnas.

Depois que conheci Alex os dias pareciam passar mais rápidos e mais leves. Um ano inteiro se passou e na próxima doação anual Alex e eu nos pegamos no banheiro mais próximo. Quando fizemos um ano e meio ele se lembrou da data e me levou até um quiosque na Barra da Tijuca para comer camarões.

Uma das coisas que eu gostava nele era que mesmo sendo rico e tendo um gosto requintado ele não se importava em fazer os passeios simples que mais me agradavam. Na verdade ele até gostava. Com roupas leves e um palito cheio de camarões nas mãos nós sentamos na faixa de areia perto do quebra mar da Barra para olhar a beleza na natureza.

— Olha só como sua boca está imunda, cheia de mostarda. – Juntou as sobrancelhas, brincando.

— E você vai me obrigar a limpar, é?  – Provoquei-o entre uma mordida e outra.

— Não, vou limpar para você. – Ele capturou minha boca, passando a língua nos meus lábios antes de tentar me beijar e ser afastado pela minha mão suja.

— Você é nojento, sabia? – Impliquei enquanto o vento fresco movia alguns fios rebeldes do meu cabelo.

— Gostoso, você quis dizer.

— Hmm, talvez um pouco disso também. – Tirei uma mecha de cabelo do rosto. — Um ano e meio é um bom tempo, não acha?

— Acho, baby. Isso só prova que temos química, resta saber se teremos química também em outros aspectos. – Alex cheirou meu pescoço.

A CEO E O FAXINEIRO: Livro 1 da Série "As donas do poder" (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora