Especial: o diário de Soobin.

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- SOOBIN, 29 de janeiro, de 2019.

Querido diário, aqui é O Soobin. Quero dizer, quem mais poderia ser, certo?
Enfim, estou escrevendo porque sinto que lhe devo satisfações, não tenho escrito desde a semana passada. Acontece que eu entrei em uma nova escola, aonde o ensino é rígido e rigoroso, pra ser sincero, eles exigem muito mais de mim do que era exigido antes. Também pode ser pelo fato de que estou no primeiro ano do ensino médio, e as coisas novas me surpreendem. Eu pensei que seria antissocial como sempre, me esconderia nos arredores dos valentões e evitaria qualquer contato. Mas nessa escola nova, eu sou popular, muito mais popular do que eu imaginei.

. Isso me deixou muito confiante, tenho amigos por todo canto e fui aceito facilmente no time de basquete, basquete é meu sonho, minha vida e minha convicção. Eu não tinha nenhuma ambição senão o basquete, sei que minhas expectativas sempre foram voltadas ao esporte, tudo era sobre vencer e nunca perder, sempre estar acima e dominando no alto. Porque o basquete era a única coisa que fazia com que as pessoas falassem bem de mim e não me jogassem contra o lixo mais próximo do refeitório ou mergulhar minha cabeça na privada

A sensação de quando eu estou na quadra sempre foi surreal, meu coração batia forte e minhas emoções se explodiam e se tornavam somente uma coisa dentro de mim. Amor. Esse era o sentimento dominante dentro de mim. Só o basquete me fazia assim.

Exceto quando o vi pela primeira vez.
Ele estava passeando pela biblioteca com tantos livros em mãos, tropeçando e desajeidamente tentando se organizar. Se sentou na mesa da biblioteca, tirando sua atenção para mim.

Nossos olhos se encontraram pela primeira vez. Eu quis saber seu nome. Fazia parte do clube do livro, o que era óbvio pela quantidade de livros que carregava. Ele continuou me fitando intensamente, de cima a baixo, seus olhos pairados sobre os meus, podia senti-los ultrapassar alguma coisa dentro de mim.

- Olá. - Disse, tentando forçar simpatia, mas ele não me olhou e continuou organizando os livros.

Eu me calei olhando para as prateleiras, com livros bem enfileirados e cada um em sua devida categoria. O loiro parou de me observar, ainda calado, fazia seu trabalho com uma expressão cansativa.
Larguei meus afazeres e me juntei a ele, ajudando a categorizar cada livro. Mas ele me impediu, segurando nas minhas mãos, com seu braço inteiramente gélido, estremeci um pouco pela temperatura do seu corpo.

- Eu posso ajudar?

- Não.

- Ah, então você fala. - Gracejei.

Mas em seguida, ele permaneceu quieto. Continuei ajudando-o apesar das reclamações constantes dizendo para eu ir embora. Ele ainda não tinha me dito seu nome, mas consegui enxergar na sua camiseta o crachá do clube do livro, estava escrito apenas "Beom." Não tenho certeza de que esse seja seu nome completo, mas desde então, eu só me lembro disso. Que seu nome é Beom.

Bom, no final do dia, ele foi embora. Consegui vê-lo saindo com Yeonjun, um dos meus amigos do time. Anteriormente ele era o capitão, mas esse cargo foi facilmente dado a mim pelo professor de educação física, que acredita na minha capacidade de carregar um time. Não tive problemas com Yeonjun sobre isso, ele é sempre muito simpático e compreensível.

Até mais Diário, volto quando houver atualizações.

(...)

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