Capítulo Ⅲ - A curiosidade matou o gato

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  Fazia duas semanas após o ocorrido na casa de Kageyama e que os ataques dos vilões haviam diminuído. Hinata sentia-se feliz por ter um pouco de tempo para si, entretanto, também se sentia ansioso e com medo por não saber o que irá acontecer futuramente.

  Em sua faculdade, sempre quando o ruivo encontrava o moreno; o mesmo não conseguia evitar de admirá-lo, mas não durava muito tempo pelo simples fato de que a memória daquela noite sempre aparecia em sua mente.

  "  — Já passo por isso o dia inteiro na minha faculdade, isso é irritante e sufocante."

  Desviava pois não queria deixá-lo desconfortável.

  O ruivo não achava errado o Tobio pensar dessa maneira, se ele estivesse em seu lugar, ele pensaria a mesma coisa. Imagina passar quase o dia inteiro sendo observado por olhos alheios e ficar ouvindo todos os tipos de rumores sobre si mesmo em todos os lugares que anda? É extremamente sufocante só de imaginar.

  Hinata não teve mais nenhum progresso em seu relacionamento com Kageyama, bom, em sua forma de herói podemos dizer que tiveram um "progresso", não sabia ao certo se aquilo era considerado um progresso, parecia mais um ato de bondade.

  — Que droga. — Suspirou pesado. Shouyo queria ser mais próximo de Kageyama, mas não sabia como fazer isso.

  — Hinata? — Chamou Tanaka. — Tá tudo bem?

  — Ah! Tô sim, só um pouco cansado. — Proferiu rápido. Não tinha reparado que havia pensado alto.

  — Você anda muito cansado essas semanas, Shouyo. — Estranhou Noya, pois Hinata sempre foi alguém ativo. — Você sempre costuma ser muito energético. Quer beber com a gente pra tentar relaxar e esquecer dos problemas?

  — Vocês vão sair pra beber hoje a noite? — Questionou o ruivo.

  — A gente tava falando disso agora. — Ouviu a voz de Kuroo, não havia percebido que ele estava junto. — Vamos beber naquele bar onde os irmãos Miya trabalham.

  — Você vai vir, Hinata? — Shouyo também não havia notado a presença de Kenma ao seu lado, hoje ele realmente estava avoado. Mas em todo lugar em que Kuroo está, Kenma também está, isso é de lei.

  — Acho que não, tô muito cansado. — Não mentiu. — Dessa vez eu passo. Podem ir sem mim. — Respondeu. — E você vai, Kenma? Não sabia que gostava de beber.

  — Kuroo me forçou a ir. E você está certo, não sou muito fã de beber, mas o Kuroo encheu tanto meu saco pra ir que eu decidi acompanhá-lo. — Suspirou. — Eu queria ficar no meu quarto jogando video-game.

  — Tu passa o dia inteiro com a cara enfiada nesse celular e não fala comigo. — Falou indignado. — Larga de ser um nerd virjão, parece que ficou preso na puberdade. — Reclamou alto.

  — Então o problema é que ele não te dá atenção, Kuro? — Perguntou Tanaka e Kuro assentiu choramingando.

  — Kenma, dê logo atenção pra esse carente. Não aguento mais ouvir ele choramingar nos meus ouvidos. — Reclamou Hinata empurrando com a palma da mão o rosto de Kuro que estava em seu ombro e soluçava sem parar.

  — Concordo com Hinata. Dar atenção pro teu macho, ele tá insuportável! — Exclamou Noya e logo em seguida riu alto.

  — Ele sempre foi insuportável, não vai ser agora que ele vai parar de ser. — Resmungou Kenma, que não estava se importando com as reclamações do seu amigo.

  Kuro ficou de boca aberta, não acreditando no que havia escutado.

  — Não, beleza! Os de verdade eu sei quem são. — Todos riram. — Agora mudando de assunto, estou muito triste que Chibi-san não vai ir no bar com a gente. — Falou o Cabeça de Pente dando leves tapinhas em seu ombro.

  — Acho que quem ficaria mais triste seria o Atsumu, já que ele contava que o Hinata ia. — Falou Tanaka de forma baixa e calma.

Caught in a poorly made tangle; - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora