Um novo capítulo havia sido iniciado em sua vida. Nas primeiras linhas escritas, havia sorrisos bobos, dias felizes, o ritmo cardíaco elevado, beijos quentes [...] e não queria que aquilo chegasse ao fim. Entretanto, o último parágrafo que havia sido escrito recentemente, trouxe sentimentos de infelicidade, saudade, carência excessiva e ódio.
Decidiram colocar o relacionamento dentro de uma caixa, onde só as pessoas que tinham a chave sabiam o que tinha dentro. Em outras palavras: sigilo. Não para sempre, e sim, por um tempo, aliás, até que Tobio estivesse preparado para enfrentar os olhares e os comentários, sejam bons ou ruins.
Eram péssimos em esconder o que sentiam, o sentimento estava tão acumulado que transbordava, deixando aparente até mesmo para um cego. Os olhares apaixonados quando se encontravam. As pequenas carícias feitas às escondidas dos amigos e dos outros estudantes. Mensagens carinhosas. Ligações inesperadas em momentos impróprios . Indo e voltando juntos, muitas vezes, de mãos dadas. Tudo isso não passou despercebido.
Obviamente não demorou muito para os boatos começarem.
Até então, os boatos não tinham nenhuma veracidade de ser algo verdadeiro ou não. Mas, por causa da impulsividade de Hinata que não resistiu aos encantos de seu namorado, beijou-o em meio aos corredores. Tudo começou a desandar por aí.
A notícia se espalhou até mesmo fora do campus, afinal, chegando até mesmo aos ouvidos de seu pai. Além de receber insultos e alguns hematomas, sofreu ameaças. Saiu de casa e passou a morar na casa de seus amigos, cada dia dormia na casa de cada um. Inicialmente, passou alguns dias afastado de Hinata, que ficou extremamente aflito com a situação.
Já estava acostumado com a forma que era tratado por ser apenas quem era, desde o ensino médio sofria com isso. E com o tempo, passou a ignorar. Mas sabia o quão doloroso era sofrer por aquilo.
— H-Hinata? — Encarou a figura ruiva incrédulo. — O que você está fazendo aqui?
— Você simplesmente parou de ir para faculdade e de responder minhas mensagens, Kageyama. Que opção eu tinha?
— Mas como você sabia que eu estava na casa do Tendou?
— Eu fui até seus amigos e fiz eles me contarem onde você estava. Já que você só responde as mensagens dele, acredito que devem ser mais importantes do que eu. — Cruzou os braços, com a acidez na língua e o coração quebrado.
— Não é bem assim, Hinata. — Aproximou-se. — Você é meu namorado.
— Mas não parece. — Engoliu com dificuldade. — Que tipo de namorado é esse que some e não diz nada, passando por uma situação difícil sozinho! Você não sabe o quanto eu fiquei preocupado! — Gritou, com a voz embargada. —E eu to tão mal que tudo isso está acontecendo porque a culpa é toda minha. — Ajoelhou-se em prantos.
Sentiu seu corpo ser aquecido por um calor notório, que envolveu seu corpo abraçando-o firmemente. Ouviu um pequeno sussurro: "Nunca foi culpa sua. Me desculpe por tudo. Eu fui um idiota", fazendo-o molhar mais ainda sua camiseta preta.
Assim que se acalmou, conversaram. A conversa foi longa, muito longa.
— Você sabe que isso não é vergonhoso.
— Mas pra mim é. — Suspirou pesado. — Eu não queria te mostrar isso. Não queria que me achasse fraco.
— Eu nunca pensaria que você é alguém fraco, Kageyama. Nunca mesmo. — Apertou firme suas mãos, tão frias quanto aquele quarto. — Eu quero está com você, independente de qual dia você está, bom ou ruim. — Levantou a cabeça de Kageyama, fazendo olhá-lo nos olhos. — Eu te amo. Por favor, não me deixe sentir só novamente.
— Eu também te amo. Muito mesmo, Hinata. — Sorriu, contente com a resposta e logo beijou-o.
Assim que os lábios carnudos se apossaram dos seus, sentiu como se estivessem prometendo o para sempre. Para sempre. Aquele beijo significava o para sempre.E ele estava feliz com isso.
Nesse momento, o mundo ao redor parece desaparecer, deixando apenas o calor reconfortante do outro. É um gesto de amor sincero, capaz de expressar emoções intensas sem a necessidade de palavras. Esse beijo envolveu o coração de Tobio em uma aura de paz e segurança, onde encontrou seu refúgio no outro, sabendo que ali estava protegido e amado.
Uma das questões mais essenciais em um relacionamento é a tolerância, combinada com a empatia. Compreender os desafios do parceiro e ter calma para fornecer o apoio necessário é tão crucial quanto expressar o amor diariamente.
Amar é acolher o tumulto de alguém. É compreender que momentos difíceis vão surgir, que desentendimentos vão ocorrer e mesmo assim optar por permanecer. Amar é compreender as imperfeições, é compartilhar as tristezas e desfrutar momentos felizes.
Agradeciam ao universo a todo instante, por ter reunido ambos.
No dia seguinte, enquanto conversava com seus amigos, foi surpreendido por um ato repentino que fez seu coração parar e seus olhos esbugalhar. Um selinho acompanhado por um sorriso singelo de seu namorado, causando seu colapso.
— Bom dia, amor.
Kageyama não havia lhe dito que viria hoje.
Assim que notou que estavam sendo o centro das atenções sentiu-se inquieto. Seu namorado notou e segurou seu queixo, fazendo olhá-lo nos olhos e sussurrou: "Tá tudo bem", e de certa forma, seu olhar passava aquilo. Estava confiante e confortável.
— Coé, Hinata, não vai cumprimentar seu namorado? — Questionou Nishinoya, confuso, porém, com um sorriso alegre no rosto.
— Ah! — Sentiu suas bochechas esquentarem. — Bom dia... — Encarou de volta às orbes azuis. — Amor...
Dessa vez quem sentiu as bochechas queimarem foi Kageyama, que desviou o rosto.
— Que fofinhos. — Introduziu Tendou, com um sorriso brincalhão no rosto. — Parecem um casalzinho do fundamental.
— Finalmente deu as caras, hein. — Disse Kuroo, chamando atenção de todos da roda. Estava sentado junto a Kenma, com o rosto encostado em seu ombro. Kenma não parecia incomodado, seus olhos estavam presos ao casal recém assumidos enquanto segurava seu nintendo com a tela escrita "game over." — Já estava mais que na hora. — Sorriu ladino.
— Parabéns, Hinata e Kageyama. — Yachi bateu palmas, com um sorriso amarelo. — Vocês formam um casal muito bonito. Desejo felicidades.
Após Yachi se manifestar, um por um parabenizaram o casal, deixando-os completamente vermelhos.
Todos começaram a se envolver numa conversa paralela, Hinata aproveitou que ninguém estava prestando atenção neles e procurou tirar suas dúvidas:
— Você decidiu isso do nada?
— Você me deu coragem e confiança. Aliás, já irá fazer ou já fez uma semana em que tudo desandou. Eu estou pronto e cansado de me esconder.
Hinata sorriu, emocionado com as palavras do maior. Kageyama se aproximou, na tentativa de arrancar outro beijo seu, mas Hinata virou o rosto e lhe deu um na bochecha.
— Estamos na frente dos nossos amigos.
— E qual é o problema? — Questionou confuso.
— Tenho vergonha. — Disse baixo, corado. — Isso é tudo novo pra mim.
— Pra mim também. — Soltou uma risada. — Eu vou me contentar com isso. — Devolveu outro beijo na bochecha. — Por enquanto.
Semanas haviam se passado, e Kageyama recebera uma visita muito repentina de sua irmã mais velha na faculdade, que logo o comunicou que seus pais iriam se divorciar. Entrou em choque, mas sorriu e abraçou sua irmã. Seu pai nunca foi um homem bom, tanto para os filhos quanto para a esposa.
E após o divórcio, sua mãe mandou seu pai para fora de casa e decidiu abrir uma padaria, que tanto desejava há tanto tempo. Recebeu não só o apoio e ajuda de seus filhos, como também de seu genro e até mesmo da família dele.
Após uma enorme luta contra alguns bandidos. O Homem Aranha decidiu fazer uma visita para seu namorado em sua janela. Soltava suas teias e fazia inúmeras piruetas contra o vento, balançando seu corpo a todo vapor para chegar o mais rápido.
No momento em que havia chegado em seu quarto com sua caneca de café preto, notou a aparição de seu namorado. Assustou-se por um momento e o xingou, tirando um riso do herói. O susto desapareceu em segundos, dando espaço a um coração quente e um sorriso bobo, ao ver seu namorado. Deixou a caneca de canto, para ser mais específico, ao lado de seu notebook de trabalho em cima de sua mesa. Caminhou até a janela, vendo o herói de cabeça para baixo para causar um charme.
— Já está com saudades? — Debruçou-se na janela, provocando o namorado.
— E quando não estou? — Rebateu, rindo logo em seguida. — Já disse o quão lindo você fica usando óculos?
— Não. É a primeira vez. — Riu. — E eu já disse que eu quero muito te beijar? — Jogou a cabeça de lado sorrindo ladino.
O herói abaixou sua máscara até seu nariz, mostrando o enorme sorriso que estava por baixo da máscara.
— Pois fique à vontade. — Umedeceu os lábios, aproximando-se. — Porque eu também quero.10.
Preparam-se para o capítulo extra, pois vai ser de putaria.
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Caught in a poorly made tangle; - KageHina
Hayran Kurgu❝ Pela ausência de inteligência e responsabilidade ao se tratar da figura morena, o herói criou um 𝘦𝘮𝘢𝘳𝘢𝘯𝘩𝘢𝘥𝘰 𝘮𝘢𝘭 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 envolvendo o rapaz. Sua impulsividade lhe trouxe o seu maior medo à tona: de ter sua identidade revelada. Us...