Capítulo 08.: Dr. Cullen

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P.O.V Aphrodite Starkweather

Eu cheguei em Forks, tinha me assegurado de fazer um encantamento para os Volturi não notarem minha presença, nem mesmo os lobos. É uma cidade aparentemente tranquila, para quem olha, não para quem sabe todos os perigos que possam vir a existir por aqui.

Andei pela floresta, não posso encontrar nenhuma de minhas filhas, mas já previ o que aconteceria por aqui, então fui ao encontro da única pessoa que pode ajudar Aymê agora. Ele estava lá, atento para se alimentar de um cervo, eu senti dó do animalzinho, mas não posso negar que eu prefiro que morra ele do que uma pessoa.

Assisti a cena em silêncio até que ele me olhou, já havia notado que eu estava ali é claro.

— Seus olhos. — Foi a primeira observação que Carlisle me fez.

Eu entendo porquê Aymê o ama, ou amava, não sei descrever. Loiro, de boa aparência e como eu suspeitava ele é cauteloso.

— Sim, nunca fomos apresentados formalmente, mas espero que tenha ouvido falar de mim. — Carlisle pareceu pensar um pouco mas se calou. — Sou a Aphrodite Starkweather, mãe da Aymê.

Carlisle pareceu surpreso, por segundos reparei que ele me olhou de cima abaixo. Pareceu não acreditar mas considerando os fatos não tinha como negar.

— Como me encontrou? Soube que você não pode chegar perto dos Volturi, eles estão aqui. — Ele alertou antes de se aprofundar no assunto.

— Preciso correr esse risco, Carlisle. Aymê pode perder o lado humano dela. — Engoli seco e observei o vampiro vindo em minha direção. — Sendo apenas uma vampira os Volturis vão a matar na frente da Evie, então perderei duas filhas, uma para a morte e outra sua essência.

— Vamos para o meu escritório conversar. Eu quero ter essa conversa. — Ele ofereceu para que saíssemos daqui então aceitei.

Conheci então a casa dos Cullens, Alice me parecia uma fadinha e sorriu para mim ao me ver, Jasper sempre atento abriu um pequeno sorriso, sei que Alice já preveu como eu, o que está acontecendo aqui.

Fomos ao escritório do Carlisle, ele me ofereceu vinho mas eu recusei, então ele se sentou de frente para mim em um sofá de cor cinza.

— É um prazer conhecê-la, mas sua vinda aqui realmente me surpreendeu. — Carlisle disse me olhando e então eu sorri. — Aliás você é mais jovem do que eu imaginava.

— Todos temos nossos segredos não é mesmo Dr.? — Sorri brevemente e então continuei. — Eu não posso chegar perto dos Volturi, pelo pouco que conheço Aymê ela vai esconder até último dia que conseguir sobre esse exame que você fez nela.

— Desculpe a intromissão mas, como você sabia?

— Não é porquê aceitei não me aproximar das minhas filhas que não procuro saber sobre elas. Eu previ que Aymê iria ter a mesma doença que matou o pai dela. — Minha voz fraquejou ao lembrar dele e então eu voltei me concentrar no que dizia. — Ele era humano antes que me pergunte, eu não poderia mudar isso mesmo que quisesse.

— Quer dizer que, o pai da Aymê morreu com câncer? Você não pensou em salvar ele? — Carlisle questionou e eu suspirei.

— Sabia que ele iria morrer, salvar ele tinha um preço, eu perderia Evie. Por mais que eu o amasse uma vida da qual está destinada a ter um fim, se salva, tem um preço, geralmente muito alto. Não se ressuscita nem tenta salvar mortos ou pessoas destinadas a morte. — E esse é o motivo dos meus pesadelos de todas as noites, eu escondo esses assuntos, pois eu não gosto de lembrar que minhas escolhas eram as piores, eu tinha que abrir mão de um, fazer o que era errado na época mataria a Evie e minha magia, Aymê não seria vampira... Eu mudaria tudo se salvasse ele.

— Entendo, Aymê me disse que essas coisas tem um preço mas nunca compreendi muito bem. — Carlisle passou a mão no cabelo e voltou a mesma para a mesa. — Então, como pretende salvar ela?

— Tente ao menos uma vez fazer o certo, se aproxime dela nem que seja para ser apenas um amigo, ofereça ajuda e cite a frase “o tempo passa, não para pessoas como nós.”, ela vai entender em poucas palavras o que você quer dizer. — Instruí a ele que assentiu e fomos interrompidos por Esme que entrou na sala.

Ela me olhou, me medindo, até que encarou meus olhos.

— Olhos lilás? — Franziu o cenho.

— Uma feiticeira. — Para Carlisle não é novidade, ele conviveu com Aymê, conhece as mudanças.

— Nunca imaginei que iria me deparar com uma de vocês. — Se foi tom de pouco caso eu não sei, mas certamente não aceito qualquer desrespeito a minha espécie.

— Você já se deparou com uma, por sinal tem algo muito próximo de você, que já esteve entre uma nós e acredite se soubesse mais sobre o passado ficaria surpresa. — Insinuei e vi Carlisle se arrumar no sofá.

— O que quer dizer com isso?

— Quero te dizer que amor é facilmente confundido com solidão, se me da licença tenho que sair daqui. — Me levantei e estendi a mão a Carlisle que apertou então passei por Esme e saí.

Eu sabia que os Volturi estavam indo a casa dos Cullens, o principal motivo era Bella. Mas Alice me seguiu junto a Jasper então me virei olhando para os dois antes de sair da cidade.

— Pode dizer. Sou toda a ouvidos.

— Você viu o mesmo que eu não viu? — Alice questionou ansiosa e eu concordei com ela. — Soube que sua família vem de uma linhagem de mulheres consideradas videntes na Grécia.

— Sim. Foi uma pena que Evie e Aymê tiveram isso interrompido pela transformação. — Comentei.

— Nem tudo está perdido. Você sabe disso. — Alice sorriu e eu assenti.

— Por sinal, você pode dizer que é a irmã mais velha. — Jasper elogiou, talvez para tentar me animar, diante ao problema.

— Gosto de dizer que sou mãe delas. Mas não é má ideia. — Sorri e então me virei para Alice. — Os Volturi fazem de tudo para ter você no clã, você é a única que pode impedir Aro se algo der errado, então na pior das hipóteses, por favor salve minhas filhas.

— Prometo fazer isso. — Alice concordou e então me despedi de ambos e parti dali.

Eu iria embora novamente, para Grécia, uma viagem até longa mas foi necessária. Minha família me esperava, as tias das meninas principalmente, devem estar loucas para saber como foi. Uma lágrima caiu no caminho, eu queria tanto poder vê-las pessoalmente, mas não quero arriscar a vida delas.

LOVE AGAIN - Carlisle Cullen (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora