Capítulo 15.: Volterra.

1.1K 89 63
                                    

Da mesma maneira que eu sumi, Caius e Athenodora também sumiram, isso não é surpresa para ninguém, estava tão óbvio quando o sol durante o dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Da mesma maneira que eu sumi, Caius e Athenodora também sumiram, isso não é surpresa para ninguém, estava tão óbvio quando o sol durante o dia.

Depois que voltamos a Volterra tudo começou ficar respectivamente chato. Até que eu decidi que tinha que resolver meus problemas. Me levantei da cama e observei Caius que lia um livro até que tirou sua atenção do mesmo e olhou para mim.

— Onde você vai?

— Resolver umas coisas, logo volto. — Afirmei e ele me deu um beijo.

Sai do quarto e passei pelo corredor, vi Jane e Alec conversando então nem incomodei os dois. Sai do castelo e então fui para uma das cidades vizinhas, a procura de uma figura de minha infância, não era bem da minha família, mas era uma amiga próxima de minha mãe.
Assim que estacionei em frente a casa, Stephanie abriu a porta e saiu. Certamente já sabia que eu estava vindo então me recebeu com um abraço.

É o mais próximo de figura maternal que eu vou chegar sem apresentar risco a todos.
Ela me conduziu para dentro da casa, tudo cheirava a ervas e eu amo, me trazem boas recordações de infância.
Sentei em uma cadeira, ela colocou chá para mim ainda sem falar nada, então se sentou em minha frente com outra xícara e ficamos nos olhando até que ela quebrou o silêncio entre nós.

— Sei porque veio. — Ela garantiu.

Eu entreguei a xícara vazia a ela e ela começou olhar as folhas.

— Então sabe o que está acontecendo também.

— A pessoa na qual você também pensa, gosta da mesma forma de você, tudo o que houve um mal entendido, falta de diálogo, já a pessoa que está só quer mostrar que tem poder, ele gosta de você mas não se compara ao orgulho que ainda é muito maior. — Eu sabia que ia começar por isso.

—Não é sobre isso. — Soltei um suspiro e ela sorriu assentindo.

— Realmente. Você está doente não é mesmo? Está perdendo seu lado mais bonito porquê teve sua essência corrompida por pessoas sem alma. — Ela então continuou — mas pelo que vejo, isso vai se resolver de uma forma muito feliz.

Como se resolve uma doença de forma feliz? Eu franzi o cenho e ela apenas sorriu, está claro que não iria dizer mais nada, conheço feiticeiras, esse sorrisinho significa “não queira saber além do seu tempo, quando for a hora você saberá”, por incrível que pareça isso eu ouvia de minha tia e não de minha mãe.

— Então está bem. Se você diz, eu acredito.

— E a Evie como está? — Ela me olhou.

— Está bem, para dizer a verdade, ela não merece sofrer mais, é bom que continue assim.

— Ela ainda vai ficar melhor. Eu vi. — Realmente, Stephanie é a pessoa que consegue me deixar muito curiosa.

— Merece, já passou por muitas coisas para ter que sofrer mais. — Concluí e a feiticeira em minha frente assentiu.

Ela é diferente de mim ou de minha mãe, seus olhos são verdes cintilantes, lindos para dizer a verdade, isso mostra que ela vem de uma linhagem pura.
Qualquer feiticeira de olhos lilás e de olhos verdes vieram de linhagem pura, em que as mulheres da família vêem de bruxas reais.
Já as feiticeiras de olhos azuis cintilantes são as mestiças, vêem de famílias não originárias, onde há mulheres normais e outras feiticeiras.

Conversamos por mais um tempo e ela me passou um endereço, dizia ser um médico, mas com certeza deve ser algum bruxo ou coisa do tipo para me ajudar com a doença.

Novamente peguei o carro e pensei se eu deveria mesmo ir atrás disso, então no meio do caminho voltei para trás.
A verdade é que estou com medo de enfrentar o problema sozinha, isso é algo que nunca me ocorreu mas eu não vejo solução para esse tipo de coisa. Até porquê logicamente é uma coisa impossível de acontecer, eu não posso adoecer e aqui estou eu. Quanto mais eu penso mais minha cabeça parece girar em círculos então encostei o carro na pista sentindo enjôo.

No acostamento meu estômago começou embrulhar então eu vomitei. Eu tirei as lentes de contato pois sei que meus olhos estavam de coloração lilás, não estando vermelhos não é uma ameaça aos Volturi, somente a feiticeiras que pouco se importam se forem vistas ou não.

Vomitar sangue estava se tornando algo comum, mas vomitar água? Essa foi nova. Não deveria ter bebido tanto na festa de casamento.
Um carro encostou em frente ao meu, duas figuras desceram então percebi que era tarde para colocar lentes de contato.

Felizmente eram duas pessoas bem conhecidas. Mas de certa forma, não estava em meus planos.

— O que você tem? — Evie correu em minha direção e começou passar a mão no meu rosto. — Ela está com temperatura humana.

— Aymê, o que você tem? — Enquanto Evie me abraçou de um lado, Demetri me apoiou do outro lado.

— Se acalmem, está tudo bem... Eu só bebi de mais. — Garanti a eles.

— Não... Não está. Isso deve ser coisa do Caius, ou pior. — Demetri dizia a Evie.

— Pode ser o Caius por raiva besta, Athenodora por vingança, Esme também... — Evie continuou e os dois pelo visto se perderam em teorias da conspiração.

—Vocês dois me deixam louca. — Brinquei.

— Não vamos voltar para o castelo vamos? Nós viemos matar uns vampiros aqui, você pode vir conosco, depois eu explico a eles. — Demetri assegurou então assenti.

— Vou para minha casa de campo, querem ir? Vocês podem ficar lá, de certa forma, tem espaço para uns 100 vampiros lá. — Comentei e eles assentiram.

Evie e Demetri me colocaram no carro, não que precisasse, então fomos para minha casa de campo. Demorou apenas 15 minutos para chegarmos de onde estávamos.

No jardim dela tinha um lago, uma ilha onde tinha um tipo de casinha, para pássaros. A vegetação na volta era maravilhosa, eu amava aquela casa, ganhei de Caius no início do nosso relacionamento, quando ainda nos amávamos de certa forma.
Entramos na casa, tudo estava devidamente arrumado, a faxineira pelo visto tinha vindo um dia antes, eu pago semanalmente para a limpeza de todas minhas casas.

Evie e Demetri tinha o quarto deles então foram deixar suas coisas lá, eu fui ao sótão onde estavam minhas ervas. Tudo era separado por cor e utilidade, esse era um cuidado que eu sempre tinha com minhas coisas, diversos livros de feitiçaria, uns presentes de minha mãe, outros da minha tia, tinha livros ali que eu ganhei até da Stephanie.
Mas nada que me ajudasse. Era só minha forma de passar o tempo e não pensar em meus problemas enquanto tentava acertava alguma poção qualquer.

LOVE AGAIN - Carlisle Cullen (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora