Capítulo 11.: O Casamento.

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Jacob me prestou ajuda pois confessou como sabia quem eu era pelo simples fato que Edward fofocou a Bella sobre uma feiticeira ter ido até a casa dos Cullens, de contrapartida Bella deixou escapar a ele sem querer.

Pelo visto a língua do povo não cabe dentro da boca nessa cidade. Eu me despedi quando me senti melhor, Jacob me acompanhou até onde me encontrou então eu voltei a mansão dos Volturi.

Eu estava certamente entediada, todos foram para o  tal casamento menos eu, pelo simples fato que não conseguiria suportar ver Carlisle com a Esme e a família dele

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Eu estava certamente entediada, todos foram para o  tal casamento menos eu, pelo simples fato que não conseguiria suportar ver Carlisle com a Esme e a família dele.

Eu me vesti com uma roupa vermelha em detalhes dourados, quase como uma general ou algo desse tipo, arrumei meu cabelo e sai da mansão em busca de alguma diversão, não que dê para encontrar algo por aqui.

Até que me peguei indo para o bar em que Carlisle me levou, quando entrei, novamente vazio, tudo havia sido arrumado e então me sentei em uma das mesas vazias.

Do bolso tirei um pequeno frasco de bebida, em especial sangue, bebi em um gole só o restinho que ainda tinha e percebi que como sempre era apenas eu e a solidão, boas e velhas amigas. Do que me adiantou todo poder? Ser uma híbrida, poder fazer coisas legais e diferentes sendo que agora todos estão com alguém, menos eu.

Eu soltei um suspiro e me levantei caminhando até a adega de bebidas, peguei uma garrafa de vinho tinto e me servi. Fiquei lendo sobre as informações no vinho, está na hora de voltar a Volterra ou vou enlouquecer, mas é claro que Aro não vai perder a chance, ao menos podia me liberar pra retornar a Volterra.

Provavelmente nada mais será como antes, se soubesse que seria assim, nem aceitado entrar nos Volturi eu não teria. Eu queria ver minha mãe, queria Carlisle, por mais que eu negue no fundo é sobre ele que meus pensamentos se resumem.
— Nunca iria imaginar que estaria aqui, se quiser posso ir embora. — Olhei para a porta e vi Carlisle me encarando.

Eu neguei com o rosto e então decidi abrir a boca.

— Pode ficar, eu já estou indo.

— Você não está, por que não fica um pouco?

— Minha irmã e meu cunhado? — Questionei intrigada.

— Estão na festa. Eu fugi por uns instantes precisava de ar.

Que irônico ele dizer isso, ainda fala sério, isso é o que eu chamo de marketing vampiresco.

— Ar? — Ri sem ao menos disfarçar.

— É sufocante esse tipo de coisa, as vezes.

— Estranho você dizer isso, afinal você quem casou. — Argumentei e ele revirou os olhos.

— Não tem como esquecer isso?

Eu neguei com o rosto, para ele é fácil esquecer, já para mim vai posso dizer o mesmo. Não é ele quem está na minha pele.

— Mudando de assunto, você passou mal novamente? — Ele questionou e agora se sentou em minha frente então eu o olhei diretamente.

— O lobo não fofocou a você que ele me salvou? Séria cômico se não fosse verdade. — Argumentei ficando irritada.

— Não finja pouco caso, sei que você gosta deles, não adianta querer se fazer a Volturi. — Carlisle deu de ombro e eu revirei os olhos soltando um suspiro.

— Defina “fazer a Volturi”.

— Fingir que não tem sentimentos sobre nada, você não é assim, ao menos não era. — Ele pareceu viajar no tempo eu sabia bem do que ele se lembrou.

Quando eu era rainha vivia debatendo com Aro e os outros dois sobre as decisões horrendas deles, tentando salvar pelo menos alguém. Nessa época ele e eu vivíamos juntos, todos sabiam o que rolava entre nós dois mas ninguém ousava falar em voz alta pois digamos que eu nem sempre era razoável com os vampiros.

— Você acha que tem maneira de eu ser aquilo que eu era ainda? — Cruzei os braços franzindo o cenho.

— Ser aquilo não é a maneira correta de se dizer, aquela era você, ainda é você, por trás da camada que os Volturi te vestiram está ai, só que está se negando a enxerga-la. — Ele argumentou e eu senti como se o peso do mundo caísse de meus ombros.

Carlisle está certo. Eu não posso dizer que aquele eu morreu, ainda odeio matar pessoas da forma que eles me pedem, mas isso se tornou algo natural quando eu deixei de ter escolha do que fazer ou não. Sem a sorte de Carlisle de sair do clã intacta, pois isso não vai acontecer comigo, eu estou na mão dos Volturi como uma peça em um tabuleiro de xadrez.

Se eu disser que não vou fazer as ameaças começam, eles tem minha irmã, embora não vão comprar briga com Demetri, mas na dúvida é melhor remediar. Eles sabem onde nossa família mora, vão fazer questão de matá-las em minha frente e eu não vou suportar isso.
Tudo que antes era motivo de eu estar entre os reis, é o mesmo motivo para eu estar entre a guarda sem poder deixá-la.

Eu diria que isso pode ser definido como: “O feitiço virou contra o feiticeiro”.

— Eu sinto falta daquela época — confessei — tudo parecia tão...

— Real. — Carlisle completou e eu assenti com o rosto.

— É, pode parecer loucura, mas se eu sonhasse tenho certeza que seria com essa época. — Comentei e Carlisle sorriu.

Eu me levantei e fui pegar outra garrafa então Carlisle me seguiu, assim que eu peguei a garrafa ele parou atrás de mim e me virei olhando ele a um pouco mais de dez centímetros.

— O que está fazendo? — Sussurrei mesmo sem precisar.

— Te fazendo cometer um erro. — Ele sussurrou e me puxou para cintura.

Carlisle me puxou pela cintura, eu passei a mão pelo ombro dele e olhei em seus olhos, dourados, brilhavam como nunca.

— Não vamos fazer isso novamente... — Eu disse da boca pra fora pois estava louca para o fazer.

Ele me beijou e então retribui, pulando no colo dele, me segurou pela cintura e me colocou sobre o balcão. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente mas o susto nos ocorreu quando a porta se abriu e então olhamos para o lado.

LOVE AGAIN - Carlisle Cullen (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora