Capítulo 4

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helloo

vou postar esse e o cinco hoje viu o gerente enlouqueceuuu suahsuah

até quinta 


Era difícil assistir sua casa ficando pra trás mais uma vez. Camila se sentia frustrada, pressionada. Tampou seus olhos com as mãos esperando que ficasse mais fácil ir embora se ela não visse.

- Você sente mais culpa ou saudade?

Dinah perguntou de repente fazendo Camila se endireitar no banco.

- Difícil saber.

Dinah suspirou.

- E quanto a ela? Hailee.

- Seis anos. – disse simplesmente. – Fazem seis anos que nos vimos pela última vez e, mesmo assim, se eu me concentrar o suficiente ainda consigo sentir o beijo dela.

Dinah sorriu de lado.

- Eu a amo. De um jeito que... me assusta? Me assusta o tanto de sentimento que pode caber em um corpo tão pequeno.

As duas riram.

- E o que vai fazer sobre isso?

- Nada, eu acho. Adianta fazer alguma coisa?

- Acho que se eu tivesse esse tanto de sentimento, arriscaria, sim.

- Se meus sentimentos fossem a única parte dessa equação, eu nunca teria saído daqui.

- Certo.

Estavam quase ultrapassando o limite da cidade quando Ava mandou mensagem. Dizia que a cidade quis honrar o que Camila fizera por eles e, em homenagem, construíram uma biblioteca.

Camila pediu que Dinah voltasse, não conseguiria ir embora ser ver o lugar. Ficava próxima a escola e se destacava pela cor amarelada, como um girassol. O nome de Camila vinha estampado em uma placa prateada perto da porta.

"Em honra a Camila Cabello, amiga e fundadora."

Camila e Dinah entraram. Era enorme, contava com três andares. Era um lugar arejado, diferente da maioria das bibliotecas, e a variedade de livros encantou Dinah. A primeira exposição de livros, logo na entrada, era apresentada na forma de um girassol. Camila sorriu emocionada.

- Essa cidade realmente te ama, hein?

Camila sorriu.

- É recíproco.

- Olha aqui. – Dinah a chamou para perto da janela quando subiram ao segundo andar. – Dá pra ver a cidade toda aqui. Muito louco pensar que foi você quem construiu isso tudo.

Camila suspirou. – Parece que foi em outra vida.

- Sente saudades dessa vida?

- Muita.

- Eu me lembro... – Dinah pensou alto e saiu caminhando por entre as prateleiras procurando algo.

Camila continuou observando a vista da cidade, até que uma ventania repentina bateu a janela. A mulher se assustou e deu dois passos cambaleantes para trás.

- Camila? – Dinah apareceu correndo. – Você precisa sair daqui.

- É. Vamos.

- Eu preciso ficar. – Dinah falou e Camila franziu as sobrancelhas. – Faz tempo que procuro um livro sobre a nossa história, um livro antigo com anotações passadas de geração a geração. Estou sentindo que talvez tenha sorte aqui, em meio às relíquias desse lugar.

Araguaia - Pt. 2Onde histórias criam vida. Descubra agora