illicit affairs | bucky barnes

You'll be flushed when you return

Happy estaciona bem na frente do bar as 19:55, o que quase te fez ter um ataque do coração. Não se atrasa pra uma reunião secreta com o Capitão America. Deveria ser quase um crime.

- Vou estar esperando vocês no carro.- Ele diz, colocando os óculos e pegando o livro que estava no banco ao lado.

- Tem certeza que vai ficar bem aí, Happy? - Você questiona, sentindo dó.

- Tenho tudo que preciso, mas não vou reclamar se vocês me trouxerem um lanchinho. - Ele dá de ombros e você sorri.

- Prometo que vamos. Até mais tarde. - Ele assente com a cabeça, já parecendo imerso nas páginas. Vocês saem rapidamente e entram no bar, que está lotado, como sempre. Alguns olhares são atraídos para vocês, mas seu coração está tão acelerado que não consegue registrar nada. Sabendo bem por onde sair escondida, você não perde tempo e deixa suas amigas no bar, se esgueirando pela porta dos fundos. Tomando cuidado pra andar nas sombras, você acha a porta lateral do estúdio abandonado, abrindo-a e entrando. Então o som alto quase te ensurdece. Uma rave. Estava tendo uma rave onde você deveria se encontrar com Steve.

Procurando rápido na sua bolsa o celular antigo, você vê que há uma mensagem não lida.

"Mudança de planos. Há uma festa acontecendo no local, nos encontre na estufa do telhado."

Você lê e olha pro multidão de pessoas juntas, pulando e dançando, sem fazer a mínima ideia de como chegar onde eles estavam. Com os dedos tremendo, você digita a resposta.

"Não sei como chegar aí. Tem muitas pessoas."

Tentando acalmar sua respiração, você dá alguns passos para dentro, sendo esbarrada algumas vezes por troncos nus e pintados de néon, alguns tentando dançar junto com você. O celular vibra e você o pega rapidamente, segurando firme para não perde-lo.

"Não se preocupe. Vamos te encontrar. Como está vestida?"

Olhando com o cenho franzido e pensando em como fariam aquilo no meio de tanta gente, você digita a resposta.

"Vestido bege, cabelo solto."

Tentando avançar para o que parecia o bar no meio do local, você distribui algumas cotoveladas e começa a olhar ao redor, procurando algum rosto conhecido, mas nada. Alguém te esbarra com força e te joga para o lado, fazendo outra pessoa te jogar pra frente. Quando começa a tropeçar e cambalear para trás, sentindo o chão vindo em sua direção, um braço circula sua cintura e te trás de volta com força, te firmando junto a algo muito sólido. Você olha pra trás rapidamente, sentindo seu corpo se tensionar com a proximidade com algo que parece ser uma pessoa. Assim que seus olhos se ajustam e você constata que sim, era uma pessoa, seu coração da um pulo.

Os olhos azuis te encontram, o cenho duro, a barba pra fazer circundando os lábios rosados. O boné esconde o cabelo dele, assim como a jaqueta de couro cobre seus ombros largos. Ele te observa com atenção, a boca se entreabrindo de leve, o que chama a sua atenção.

- Te achei. - Ele murmura, focando nos seus olhos novamente, a voz nada mais que um sussurro rouco mas que pra você foi bem audível.

- Quem é você? - Você pergunta, sabendo que aquele rosto era familiar, de algum lugar. Estava na ponta da sua língua, mas seus olhos não conseguiam desviar daquele azul profundo, transformando seu cérebro numa ameba inútil.

- Alguém que você está procurando. - Ele aperta o maxilar e relaxa o aperto em volta do seu corpo, colocando um dos braços por cima dos seus ombros. - Vem, vamos logo.