Sinto que estou amolecendo
Tudo tá tão calmo, tão pleno
Que já nem sei se é voz da depressão
Ou um último suspiro lentoUm preço a se pagar pela felicidade
Passar por um caminho de raiz
Queimar o solado dos pés na amargura
Deitar em uma rede a luz do pôr do sol felizParece transparente, ardente
Uma chama preta queima quente
Um suor de amor congela fervente
Um grito de céu, véu, sara, pressenteA infelicidade que um dia clama
Apunhala a pele serene
Que renasce na pressa de ser devagar
Completo sem ninguém para completarSó assim descanso
Sem pensar no infeliz para infelicidade de ser feliz
Vivendo na dor, eu me canso
Um dia de terra, ar, fogo, água e cicatriz
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Palavras de um coração perdido
PoesíaUm espírito livre preso em correntes de pensamentos. Às vezes a loucura deve ser compartilhada, né?