Mais que um corpo
Ainda sim apenas carne
Sou alma e um tanto quanto calma
Pertencimento ao que antes era tardeChama, clama, ama
Por ti, por mim, por nós
Ainda hoje é terno, mudo
O sentimento que sinto contigo a sósSó você me entende
Lê minha mente
Abraça os meus defeitos
Beija meu corpo de cicatrizes ferventesEu sou terreno, quase um veneno
Serpente de sangue quente
Faço do chão a base, a saudade, o pico
Planto o que a terra jorra correnteTem meu fruto e o pega com um grito
Sussurra em mim com ódio
Amo-te mesmo com a morte pelo fito
Tu agora pecado
Eu o fósforo que te corrompe com um agitoFraca, tu se refaz
Transfaz
Jura a mim vingança sagaz
Mas a vida em ti se desfazQuem és tu?
Um rei, vassalo, soberano, burguês, plebeu?
Quem dera uma raiz de seiva pura
É imagem, semelhança do que eu tanto criticava
É apenas eu
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Palavras de um coração perdido
PoesíaUm espírito livre preso em correntes de pensamentos. Às vezes a loucura deve ser compartilhada, né?