um dia após o outro

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um mundo hospedado na minha garganta
lágrimas que se negam a cair
dor dilacera, incinera e não espera
a vontade de viver, que sem força se nega a crescer

sufoca, afoga
o grito no fito
do sonho o agito
a inexpressão do aflito

talvez um dia passe
ou me cace
eu ou nós
no fim de um suspiro a sós

olhos cansados
anestesiados, sobrecarregados
não sei o que aconteceu
um dia após o outro, quando vi quase um ano decorreu

essa tem algo diferente
não é eufórica
é exausta
é dormente
tenho medo de dessa vez fazer algo diferente

Palavras de um coração perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora