37- new romantics

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Havia combinado com Eli de ele ir lá em casa no fim da tarde para resolvermos isso do trabalho o quanto antes. Chego em casa e vejo Johnny e Jessica conversando no sofá.

— Você não pode deixar o torneio acabar. Meus sobrinhos contam com isso. Miguel conta com isso. — ela fala.

— Oi, Johnny. — eu falo tirando os sapatos.

— Ei, garota. Você não me chamou pelo nome completo hoje.

— Futuramente você vai ser dessa família, não posso te chamar pelo nome completo para sempre. — eu termino com uma piscadinha e ele arregalou um pouco os olhos. — Você não pode deixar o torneio acabar.

— Mas eu não sei como fazer isso.

— Fazendo o que você faz de melhor. — Jess sorri pra ele. — Lutando.

— Você consegue, eu acredito. — eu sorrio pra ele e vou para a cozinha fazer alguns cookies para mim e Eli.

Sabia que comprar chocolate igual doida ia ser útil. Pico ele como se fosse cebola e separo em um pratinho. Começo a preparar a massa e jogo essência de baunilha extra, tudo fica melhor com baunilha.

— Hmmm... cookie. — Jess fala enfiando o dedo na massa e colocando na boca, bato a colher de pau no braço dela sem força e ela resmunga. — Pra que foi isso, sua bruta?

— Os cookies não são pra você.

— São pra quem então? Seu irmão que não é, sei que vocês não estão se falando. — coloco os pedaços de chocolate na massa e misturo bem, tiro pequenos pedaços com uma colher e vou fazendo bolinhas e colocando na forma.

— Eli vem aqui daqui a pouco. — ela levanta as sobrancelhas e sorri de lado. — Nós vamos fazer um trabalho de biologia em dupla.

— Esse é o primeiro passo para voltarem a namorar.

— Vai sonhando. — eu falo com uma risada e coloco a forma no forno, ligando o alarme para não deixar os cookies queimarem. — Nem se os porcos voarem eu volto com ele.

— A Toria disse que você falou que só voltaria se ele voltasse a ser o Eli de antes. O que você tem a dizer sobre isso, senhorita Davis? — ele me pergunta fazendo um microfone com a mão.

— Que minha amiga é uma fofoqueira. — eu falo séria. — Vou tomar banho.

A campainha tocou enquanto eu escovava o cabelo e desci correndo para atender.

— Oi. — Eli fala quando eu abro a porta e reparo que seu moicano está abaixado. — Eu já trouxe umas imagens legais pra gente usar no nosso projeto. — fechei a porta depois que ele entrou.

— Legal, tá com fome? Eu fiz cookie.

— Nem tava, mas agora deu vontade de comer. — fomos até a cozinha, onde Jess havia tirado os biscoitos do forno e colocado dentro de uma cestinha. Ele pega um e coloca na boca. — Isso aqui tá muito bom.

— Eu sei, receita do meu avô.

— Agradeço aos céus pelo senhor Davis existir. — ele fala e eu dou uma risada, que garoto palhaço.

— Quer fazer o trabalho aqui na sala ou no meu quarto?

— Onde você achar melhor. — ele fala comendo outro cookie e indo pegar um copo de água na geladeira.

— Então vamos fazer lá. Tudo que eu separei tá jogado na minha cama. — eu falo subindo as escadas, pedindo para ele me acompanhar.

— Jogado na sua cama? Você não era a senhora organização?

— Eu ainda sou, meu caos é organizado. — eu falo abrindo a porta e deixando ele entrar, a fechando atrás de mim. Recebo uma ligação de Miguel e atendo na hora. — E aí, o que deu?

— Salvamos o torneio! — a voz de Sam se faz presente também e eu sorrio amplamente.

— Não brinca, é sério?!

— Seríssimo, meu discurso e o da Sam deve ter comovido eles.

— Isso é incrível. Eu tenho que desligar agora, tenho um trabalho pra fazer. Boa noite, Diaz.

— Boa noite. — eu encerro a ligação e olho para o garoto na minha frente, que parecia atento à minha conversa.

— Parece que vamos competir um contra o outro agora. Prepare-se pra levar uma surra. — eu falo brincando com ele.

— O torneio tá de volta? — eu assinto com a cabeça. — Desculpa, linda, mas você vai ficar em segundo lugar.

— Faz de conta que acontece. Agora vamos fazer esse trabalho logo, preciso de nota. O professor disse que a gente podia focar em um país específico... o que você acha do Chile?

— Uma boa. Lá não tem um deserto?

— Deserto do Atacama, sim. Por isso eu achei interessante. Então, bora começar?

Ficamos praticamente três horas direto trabalhando nesse trabalho. Acabamos com cinco sacos do meu estoque de Fini ácida e toda a cesta de cookies que eu tinha feito mais cedo.

— Acho que eu tenho uma capa por aqui em algum lugar. — eu levanto do chão e vou revirar minha gaveta cheia de tralhas escolares. Bem no fundo dela eu encontro o que estava procurando. — Coloca as folhas aí, eu vou acabar rasgando tudo sem querer.

— Tem um furador? — jogo pra ele, que perfura as folhas e encaixa elas com perfeição na capa. — Pronto, nosso 10 tá garantido. — ele larga a coisa sobre minha mesa e estica o pescoço para os lados. — Acho que eu vou indo agora. — ele estava abrindo a porta quando, contra todos os meus princípios, eu abro a boca.

— Não! — ele me olha assustado depois do grito. — Fica. A gente pode, sei lá... ver um filme. — sorrio um pouco pra ele e ele sorri de volta, vindo para o meu lado na cama.

— Já que você insiste. Posso escolher o filme?

— Pode. — entrego o controle pra ele, que começa a navegar pelos streamings. Me surpreendo quando ele coloca em "Harry Potter e a Ordem da Fênix". — Isso não é coisa de nerd?

— Eu não ligo. — me aconcheguei nele como nos velhos tempos e começamos a ver o filme.

Acho que no fundo eu sempre soube que não iríamos durar pra sempre, mas, se o mundo estivesse acabando, eu sei que ele viria até mim, da mesma forma que eu iria até ele. 


ɴᴏᴛᴀs ♥¸

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ɴᴏᴛᴀs ♥¸.•**◦༄◦°˚°◦.¸¸彡彡

- reta final da terceira parte galera leitores. animada demais

- capítulo bem light pra matar a saudade deles sendo cuti cuti, meus bebês lindinhos

- pegaram a referencia de música do ultimo parágrafo? espero q sim, pq eu amei usar ela

- eu tô tão ansiosa pra começar a postar a s4 gnt, vcs nem tem ideia

espero que tenham gostado do capítulo, não esqueçam de votar e comentar. malfeito feito *nox*

ATLANTIS ─ cobra kaiOnde histórias criam vida. Descubra agora