35- play with fire

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Miguelito

Pode me dar carona pra escola?

Claro, já já passo aí.

Miguel finalmente vai voltar para a escola, o que é uma coisa boa, mas ruim. Ele vai descobrir que Eli quebrou o braço do melhor amigo e provavelmente também vai romper laços com Nick, que continua no Cobra Kai. Saio de casa depois de pegar tudo que eu precisava e só paro ao chegar no complexo de apartamentos de Miguel, onde ele já me esperava na porta mexendo no celular.

— Bom dia, lindão.

— Bom dia. — ele coloca o cinto e eu dou partida no carro ligando o rádio, onde tocava "Eye of the Tiger".

— Você virou uma celebridade na escola. "O garoto que sobreviveu". Tipo o Harry Potter. — eu falo e ele ri alto. — É sério, cara. — eu começo a rir junto dele e rapidamente chegamos na escola.

Depois de passar pela revista, todos começam a bater palmas e tinha um banner grande escrito "Bem vindo de volta, Miguel". Assobio alto pro garoto ao meu lado, que sorri para os outros em agradecimento. Algumas pessoas param pra cumprimentar e nós vamos andando.

— Eu disse que você era uma celebridade. — eu falo rindo.

El Serpiente! — Eli fala se aproximando de nós dois junto de Nick e com Ethan um pouco mais para trás e eu sorrio para o garoto de cabelo vermelho, que retribui.

— E aí? — eles fazem um abraço de macho e eu acho graça.

— Bem vindo de volta, cara. — Nick fala sorrindo.

— É bom estar de volta.

— Está com pernas biônicas?

— Não, são as mesmas pernas humanas.

— Mas seria legal se fossem biônicas. — eu falo rindo fraco.

— É? Pode lutar? Precisa defender o título. — Falcão fala brincando de lutinha.

— Vai ter que passar por cima de nós antes. — Nick fala entrando na brincadeira. — Cobra Kai está arrasando. — reviro os olhos ao ouvir isso. Arrasando pessoas, só se for.

— Eu queria falar com vocês sobre isso. — o latino fala sério, mas o sinal toca e temos que ir pra aula.

— Oi, amor. — Victoria fala quando eu sento ao seu lado na aula de geografia.

— Oi.

— Encontrei com Demetri mais cedo e ele me contou o que aconteceu. Sinto muito.

— Eu também sinto. — tiro um elástico de cabelo do meu pulso para fazer um coque e a loira arfou ao meu lado. — Que foi?

— O que é isso no seu pescoço, Dakota?!

— Isso o que?

— Tem um chupão aí. Nem vale falar que é picada de mosquito. — eu mato aquele passarinho. — Vai me falar o que aconteceu ou eu vou ter que perguntar pra pessoa que fez isso?

— O dia que eu tava nos meus avós, Eli foi lá de noite.

— Caramba, Dakota. Não achei que fosse capaz de fazer isso depois do que ele fez.

— Nem eu, mas sei lá, aconteceu.

— E como vocês ficam?

— Do mesmo jeito.

— Então vocês não voltaram?

— Não, longe de mim. — ela arqueia uma sobrancelha. — Só se ele voltar a ser o Eli de antes, aí é outra história.

ATLANTIS ─ cobra kaiOnde histórias criam vida. Descubra agora