Capítulo 6: Obrigado, mas sou de Yunmeng.

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Mesmo ouvindo muitas vezes que ele deveria ir embora, Jiang Wanyin recusava todas as investidas que o homem de branco fazia.

Xichen não queria machucar o convidado, mas já estava perdendo a paciência e não poderia voltar atrás caso fizesse algo ruim.

Wanyin observou o quão hesitante ele estava em dizer o motivo de toda aquela zona. Tudo estava caminhando para um rumo bastante peculiar, da qual tentava tirar proveito para avançar em sua missão.

Jiang Wanyin: Eu preciso da sua ajuda senhor! Eu realmente preciso que me dê uma dica ou algo parecido... - Implorou.

Xichen: Isto tudo é muito perigoso para você. Saia imediatamente, assim posso levá-lo para fora em segurança. - Sua voz chegava a se tornar mais grave, assustando o pobre rapaz que respirava fundo antes de começar a dizer:

Jiang Wanyin: Senhor, eu... - Ele não queria desistir de continuar, então fingiria tristeza para ir até o fim. - Eu preciso salvar a minha família...

Lágrimas falsas derramaram de seus olhos caindo pela pele de porcelana do rapaz. Elas caiam na neve que derretia pelo pouco calor que continham. Quando precisava atuar, o fazia com total maestria, não sobrando nenhum ponto preguiçoso naquele meio.

Xichen: Eu sinto muito... Mas...

Jiang Wanyin: É tão maléfico que nem pode ajudar este pobre homem à salvar sua preciosa família? - Ele tentava secar as lágrimas como se estivesse realmente miserável, expressando vívidamente o desconsolo enquanto assistia Xichen cair na brincadeira de mal gosto.

Xichen: Tudo bem... - Diz entre suspiros incrédulos. - Eu vou te ajudar.

Jiang Wanyin: S-sério? - Ainda enxugava as lágrimas, não vacilando uma vez sequer na atuação, sempre mantendo o personagem.

Xichen: Vamos. Eu o levarei até meu mestre. Ele saberá o que fazer por você.

Xichen, de imediato, estendeu sua mão e esperou até que o Jiang a segurasse.

O toque dos dedos, que se fechavam calmamente nas mãos de Wanyin, era suave, gentil e acolhedor. Mãos frias que exalavam um calor diferente, algo vívido que adentrava o corpo do rapaz e o fazia estremecer sem ao menos vacilar uma vez.

Xichen pacientemente o guiou para fora da gruta cavernosa, indicando caminhos após caminhos de neve grossa.

O frio parecia se dissipar rapidamente enquanto segurava a mão do homem.
Suas bochechas coraram ao sentir o perfume de rosa branca marítima que exalava do corpo próximo ao seu. O cheiro trazia uma gostosa sensação de proteção que nunca partiu de nenhum dos pretendente que seus pais lhe empurravam.

A pele macia e fria superava muitas das mãos tanto de mulheres quanto de alguns homens de Yunmeng, que eram considerados como o povo mais belo de todo o Mundo Mítico.

A medida em que andavam, num ritmo um pouco mais apressado que o normal, a floresta se tornava cada vez mais sem árvores ao redor. Construções simples começavam a aparecer aos poucos e o cheiro de neve se tornava cada vez mais parecido como o cheiro de um campo após uma chuva forte numa tarde pacífica.

Pessoas bonitas, vestidas em robes brancos e elegantes apareciam de todos os lados, acenando alegres para os dois convidados recém chegados. Wanyin ficou totalmente encantado ao observar a beleza daquelas pessoas ao redor deles. Era raro haver tantas pessoas com olhos âmbar espalhada aos arredores de uma terra esquecida pelos deuses.

Olhando mais de perto o rosto de Xichen, percebeu, que de todas as belezas daquela terra, seu rosto era o mais bonito e elegante de todas aquelas pessoas.

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