Obsessão [Min Yoongi]

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Yoongi's POV

Começou com a dor, seguido pelo ódio. Encho-me pelas perguntas infinitas que ninguém consegue responder. Uma mancha cobriu o meu coração e então me afastei. Eu me transformei no antigo Min Yoongi. Com um único desejo: trazer minha mulher de volta para casa. Não importa quem teria que matar ou torturar.Todos nós temos uma demônio interior, alguns dias você controla o demônio... Outros o demônio te controla. E hoje era um desses dias em que ele estava pronto para controlar o meu corpo.

Seria cômico se não fosse trágico.

Minhas mãos estavam no bolso do terno, meus olhos, fechados, enquanto eu esperava por Hobi na minha sala. A porta se abriu, e eu encarei o homem à minha frente.

— Jungkook está vivo.— Disse-me Hobi aliviado.— O tiro pegou de raspão em seu ombro direito. Ele está bem.

— E onde está ela?— Perguntei irritado.— Vocês conseguiram achá-la?

— Os soldados de Jay Park a levaram.

Fechei os olhos novamente, sentindo a raiva inflamar, quente e pesada dentro do meu peito. Eu já conseguia sentir o cheiro do sangue de Jay Park nas minhas mãos. Não pude evitar sorrir.

— Descubra onde ela está.— Eu ordenei.— Descubra quem entregou que o meu soldado e a garota estavam saindo. Vamos matá-los.—Eu rosnei.— Todos eles.

— É isso mesmo que vai fazer?

— Você sabe que eu gosto de uma boa caçada.— Hobi rio, balançando a cabeça, mostrando claramente que concordava com a minha decisão. — Aqueles malditos devem começar a rezar por mexer com a protegida do demônio. Eles vão pagar da forma mais deliciosa e assustadora. Eu já consigo sentir o gosto do medo deles na ponta da língua.

— Certo, então. Vamos pegar a nossa garota de volta.

— Minha garota.— Eu corrigi.— Ela é minha garota.

Hobi rio de minhas palavras.

— Certo. Exceto pelo fato de ela não ser sua garota de verdade. Não mais.— Ele brincou.

— Cale a boca. Não brinque com essa merda.

— A-hã.— Ele zombou.

— Que seja.

S/n's POVS

Três malditos dias já haviam se passado. Eu estava naquele buraco dos infernos com aquelas pessoas desprezíveis há setenta e duas horas.

Eu estava amarrada numa cadeira porque havia chutado o saco do grande mafioso. E acho que ele não gostou muito da minha demonstração de afeto. Jay park puxou uma cadeira para minha frente e se sentou de olhos fechados, com as pernas cruzadas.

— Infeliz, querida?— Perguntou-me Jay Park com um tom divertido.

— Você não imagina o quanto.

— Ouvi boatos sobre você.— Ele comentou.

— Muito ruins, eu presumo.— Eu zombei.— E provavelmente foi o merdinha do seu irmão quem contou. Ele é obcecado por mim há quase dois anos.