Capítulo 109-Morder para lembrar!

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Umas semanas se passaram e tudo estava normal...estavamos todos a tomar o pequeno almoço e...

-Tori...-Diogo chamou-me assim que me viu a subir para o quarto.

Olhei-me ao espelho e eu nem me reconheci, eu estava pálida como quem viu um fantasma.

-Tori...?-Diogo entrou no banheiro e abraçou-me.

-Nós precisamos de lhes contar-falei-eu estou a morrer Diogo,os nossos filhos precisam de saber, eu não consigo esconder mais e...

-Pára Tori...-agarrou-me os ombros-eles não podem saber.

-Eles são nossos filhos Diogo-fui para o quarto-eles têm o direito de saber, tu não percebes?

-Tu é que não percebes-apontou-me o dedo-eles vão sofrer caso isso aconteça.

-E tu achas que não contar o que realmente se passa não os vai fazer sofrer?achas que eles não vão querer saber a causa da minha morte?e quando eles descobrirem que todos sabiam que eu ía morrer menos eles,o que achas que eles vão sentir,hãn?

-Tu não estás a pensar direito-falou.

-Não Diogo...tu é que não estás a pensar direito, tu é que ainda não percebeste que só os vais fazer sofrer ainda mais.

-Tori...-olhou para mim.

-Eu vou morrer Diogo...eu vou morrer-abracei-o.

-O...o quê?-a voz da minha filha Matilde surgiu desfazendo o nosso abraço.

-Filha,eu...-ía a aproximar-me dela,mas esta fugiu.

-A culpa de tudo isto é tua,somente tua-apontei-lhe o dedo-se lhes tivessemos contado nada disto acontecia.

Saí do quarto e fui atrás de Matilde.

-Filha...-bati à porta do seu quarto mas ninguém respondeu-Matilde eu sei que estás aqui-entrei no quarto e quando fechei a porta...

-És uma falsa-assustei-me quando a minha filha me encostou à parede já na sua forma vampírica.

-Matilde...-olhei para ela totalmente descontrolada.

-O que significa aquela conversa?-perguntou-aquilo é verdade?

-Filha acalma-te por favor-continuei encostada à parede.

-Podes pedir tudo,menos calma-aproximou-se mais.

-Eu...eu juro que te queria contar-caiu-me uma lágrima-por favor...acalma-te e eu conto-te tudo.

Aos poucos ela afastou-se e sentou-se na sua cama.

-Estou à espera-falou ríspida.

Sentei-me ao seu lado na cama e expliquei-lhe tudo desde a causa do acidente até agora e...

-Tu não podias ter feito isso,não podias-olhou-me nos olhos e atirou-se para cima de mim.

-Pára Matilde-afastei-a-tu estás descontrolada.

-Tu és uma má mãe-falou agarrando-me-tu não mereces os filhos que tens.

-Tens razão-suspirei-não te mereço, és uma miúda muito mimada,egoísta e...

Caímos abaixo da cama.

-E tu és uma estúpida,uma parva,uma...

-Como te atreves? eu sou tua mãe-agora estávamos a duas na nossa forma vampírica.

Afastámo-nos uma da outra e encarámo-nos.

-Eu ODEIO-TE-gritou.

E de repente ouvimos um estrondo vindo do andar de baixo,mas estávamos as duas demasiado descontroladas para prestar atenção a isso.

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