Capítulo 108-Os trabalhos da Matilde!

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-Vicky...?-ouvi Francisca chamar-me.

Assustei-me e olhei para trás.

-Sim....

-Posso falar contigo?-perguntou.

-Si...sim-gaguejei.

Sentámo-nos as duas no sofá e Francisca encarou-me por uns segundos antes de falar.

-Ainda não te lembras de nada?-perguntou ela.

-Não...-baixei a cabeça.

-Hum...-olhou-me nos olhos-mas...tu amas o meu neto,não amas?-referiu-se ao Diogo.

-Eu...eu...humm...-acho que corei.

-Podes falar comigo-sorriu-nós todos sabemos que vocês se amam...por muito que digas que não gostas dele,todos nós sabemos que não é verdade,está escrito nas vossas caras que se amam incondicionalmente.

-É?-levantei uma sobrancelha.

-Anda lá Vicky-olhou para mim,sorriu e agarrou a minha mão fazendo-me recuar um pouco-não precisas de ter medo...faz as pazes com ele, vocês são tão fofos juntos.

-Eu...eu vou pensar-sorri.

-Prometes?-perguntou.

-Prometo.

Depois de falar com Francisca olhei para o relógio e eram precisamente 12:59 horas, certamente os meus filhos já devem de estar a chegar da escola para almoçar.

-Mamã-Diogo e Beatriz vieram a correr até mim e abraçaram-me.

-Olá meus amores-sorri.

-Tenho muita fome-falou o meu filho Diogo.

-Eu também-falou a minha filha Beatriz.

-Então vão lá lavar as mãos para ir-mos almoçar-sorri.

-Olá querida-disse Beatriz ao entrar em casa dando-me um beijo na bochecha com Matilde ao seu lado.

-Olá-sorri.

Matilde encarou-me,mas como ela é teimosa e não quer que eu não me aproxime dela,então resolvi ignorá-la como ela me faz...eu sei eu sei, eu estou a ser mazinha,mas foi ela que escolheu assim,dói-me ter os meus filhos longe de mim,mas eu não consigo fazer nada.

Doeu-me muito quando lhe virei as costas e eu sei que a magoei,ela faz-se de forte mas lá no fundo dói.

-Olá olá-falou Martim entrando em casa com o seu pai ao lado.

-Olá meu querido-sorri e abracei-o.

Encarámo-nos por uns segundos,pois eu abracei-o por impulso,eu preciso tanto deles.

-Desculpa-falei.

-Oh anda cá-sorriu e rodou-me nos braços.

-Hey...-rimos e vi Matilde baixar o olhar.

-Será que posso beijar a minha mulher?-falou Diogo para mim.

Aproximei-me dele e beijei a sua bochecha.

Estava a passar em frente à porta do quarto da minha filha,quando....

-Odeio isto...-gritou e ouvi qualquer coisa cair ao chão.

Assustei-me...pensei que ela se poderia ter aleijado por isso aproximei-me da porta.

-Posso...?-bati à porta.

-Não vai-te embora,deixa-me sozinha-olhou para mim e os seus olhos já não eram azuis mas sim pretos.

Eu não vou mentir...eu ainda tenho algum medo,mas...era minha filha e entrei no quarto.

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