Nunca achei que uma pessoa como eu conseguisse alguma vez amar. Sempre achei aborrecido aturar uma pessoa a tempo inteiro, e nunca pensei que alguma vez fosse conhecer alguém que tornasse tudo tão simples. Amar-te foi fácil. Mas nem tudo foi um mar de rosas. E tu sentavas-te na escadaria de minha casa e esperavas que saísse, não avisavas, apenas esperavas. E eu esperei por ti, tu por mim, e tivemos tudo.
Conheci-te por mero acaso. Maldita a hora em que apareceste naquela festa, com aquela gente. E foi tão fácil socializar contigo. Nem que tivesse sido apenas por uma noite. E eu sei que naquela noite não apreciei os teus olhos, ou o teu sorriso, oh, como me arrependo! Gostava de ter aproveitado todos os teus olhares.
E como nos reconhecemos passado um ano, depois daquela noite? E como foi possível falarmos como se nos conhecessemos há imenso tempo? Não vou dizer que me apaixonei pelo primeiro dia que te vi, ou pelo segundo, ou pelo terceiro, enfim, demorou. Mas acho que é suposto demorar. É suposto contruir o que sentimos. É suposto sabermos lidar com toda esta mistura na barriga. Estas emoções todas quando te via.
Era difícil olhar para ti e não sorrir. Eu lembro-me de todos os pequenos pormenores. E a tua face é a imagem permanente na minha imaginação.

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O Veneno da Tua Chama
RomantizmNunca pensei em dar um simples passo e encontrar-te. Como olhavas para os meus pés quando falavas comigo, ou como sorrias parvamente quando te elogiava. Era o calor dos teus olhos, a tua barulhenta respiração. Era tudo sobre ti. A simplicidade do te...