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Acordo com uma dor de cabeça horrível. Daphne ainda está dormindo ao meu lado na cama de casal. Já deve ser tarde porque o sol está brilhando forte na rua.

Me levanto, tomando cuidado para não acordá-la, vou ao banheiro, lavo o rosto tentando tirar ao máximo o resto de maquiagem borrada do rosto.

– Que porra de aniversário. – Murmuro para mim mesma no espelho.

– Puta que pariu. – Ouço Daphne. – S/N, A GENTE PERDEU A AULA.

– Meu Deus! – Digo, saindo do banheiro. – Me esqueci completamente, mas ok, seus pais saem antes do nosso horário e os meus nunca vão desconfiar.

– Não tinha nada demais hoje, né?

– Hm, acho que não.

Decidimos ir almoçar no shopping, então peguei uma roupa emprestada. O colar que Johnny me deu ainda estava no meu pescoço, tiro e minha vontade é de jogá-lo fora, mas guardo, porque realmente o achei lindo.

Depois de comer damos uma olhada em algumas lojas, desconto a frustração da noite anterior experimentando roupas e sapatos, acabo comprando algumas coisas que Daphne aprova.

Estávamos voltando, a pé, do shopping, quando um carro passou devagar por nós e depois deu ré. O que nos assustou, é claro. Então reconhemos o motorista e os passageiros.

– Querem uma carona meninas? – Tommy oferece.

– Pra onde estão indo? – Pergunto.

– Casa do Johnny, o desgraçado sumiu da festa e não falou nada na aula. – Dutch responde.

– Então recusamos a carona. – Diz Daph.

– Ah sim, vocês também foram embora cedo ontem. Que pena ter aproveitado tão pouco sua festa, s/n. – Tommy fala, desdenhoso.

– Realmente.

– Olha, porque não mudamos o rumo? Vamos para a minha casa, esquece o Lawrence, entra aí. – Ele diz, mais ordenando do que convidando.

Eu e Daphne nos entreolhamos e concordamos em ir. Sentamos ao lado de Bobby no banco de trás.

Quando chegamos na casa já conhecida de Tommy, ele diz: – A casa é de vocês, peguem o que quiserem da cozinha, menos os uísques ou os vinhos caros.

Ele vai para a área de fora, é uma construção realmente linda, e se deita em uma espreguiçadeira perto da piscina. Eu o acompanho.

– Ei, tudo bem? – Pergunto, me deitando na outra cadeira.

Ele sorri para mim. – Aham. Ah, eu sinto muito se alguma coisa te incomodou na festa, era pra você se divertir.

– Eu me diverti, só fiquei cansada.

Ele ri, como se debochasse da minha mentira. – Foi o Johnny, né? Aquele cara é de sorte. Um puta babaca, mas consegue sempre as mais bonitas.

– Garotas tem mal gosto.

– É. – Ele pensa por alguns segundos. – Sabe, você é bem mais bonita que a Ali, se foi isso que te deixou chateada, eu tava bem doido na hora então não me lembro muito bem do que aconteceu, eles se beijaram, né?

Assinto. – E ela deu um soco na cara dele.

– É sério? Não acredito que perdi isso! ‐ Nós rimos.

– Tipo a Ali, pode me dizer se não quiser que eu fale, – Não digo nada, então ele continua. – ela é legal, simpática, inteligente e muito bonita e tal. Nem sabia porque ela gostava do Johnny. Mas você é, sei lá, você é tudo isso e engraçada e fica bonita brava, e não tem vergonha de dançar muito mal.

𝐎𝐋𝐃 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒  ϟ  𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora