Depois de ler o bilhete de Johnny me permito dormir mais algumas horas, afinal é sábado. Quando acordo são 10 da manhã.
Tomo um banho para tirar a preguiça do corpo, escolho uma roupa confortável e desço para comer alguma coisa.
- Bom dia! - Minha mãe diz.
- Bom dia, filha, achei que não ia acordar nunca. - Pela minha surpresa, escuto meu pai dizer, ele está sentado a mesa da cozinha com uma xícara de café na mão.
- Ah, você já está de volta. Chegou quando?
- Hoje cedo. Não vai me dar um beijo?
Reviro os olhos, mas vou até ele e beijo sua bochecha. - Melhor agora. - Ele diz.
Pego uma torrada, um copo de suco e vou para a sala, me sento no sofá e procuro algo para assistir enquanto como.
Fico aliviada em saber que Johnny foi embora antes de amanhecer, não gostaria de ver o que meu pai faria ao chegar em casa e encontrar o carro de outro cara na garagem.
Meu pai não é terrível - não comigo, não posso, por exemplo, compará-lo ao idiota do Sid, que humilha Johnny sempre que possível. Mas ele não é nem um homem que se use de exemplo, sempre em "viagens de negócios", eu sei que ele torra dinheiro com garotas de programa e festas luxuosas.
Claro que minha mãe nunca vai se separar dele, não porque ela o ama, sim pelo mesmo motivo que Laura continua com o homem que odeia seu filho, é uma maneira de sobreviver. Minha mãe não é boba, eu sei que não, ela sabe de tudo, por isso gasta talões de cheques em lojas de grifes europeias toda vez que meu pai volta da farra, por isso que de todas as mães do colégio, ela está entre as mais finas, belas e elegantes. Seu marido pode ser um traste, mas ela nunca vai se deixar ser jogada as traças.
Vegeto o resto da manhã lendo um livro, até minha mãe avisar que o almoço está pronto.
Depois de comer eu estava em meu quarto, pronta para tirar uma sonequinha gostosa, até ouvir alguém tocar a campainha.
- Johnny! Entre querido. - Escutei minha mãe falar.
Não ouço o que ele responde, mas logo minha mãe me chama.
- S/n, o Johnny Lawrence - Ela enfatiza o nome dele. - está aqui, quer falar com você.
- Quem é? - Meu pai pergunta do quarto.
- Ninguém. - Respondo descendo as escadas.
Quando chego no hall de entrada, Lawrence está parado, sorrindo com simpatia para minha mãe, que fala alguma coisa sobre como ele cresceu e está forte e bonito.
- Oi. - Digo.
- Vou deixar vocês conversarem, - Minha mãe diz, se afastando. - diga pra sua mãe que eu amei o jardim dela!
- Só vim pra te convidar pra ir a praia, os garotos todos vão e me perguntaram se eu ia levar você... Pode chamar a sua amiga, eles adoraram vocês. - Ele falou.
- Beleza. Que horas?
- Daqui a 30 minutos eu te espero na rua, pode ser?
- Claro. Obrigada pelo convite.
- Não tem de quê. - Ele pisca.
- Ah e que bom que você saiu cedo ontem. - Falo em um tom mais baixo. - Meu pai voltou hoje de manhã.
- Ainda bem que algum de nós pensa! - Ele diz, sarcástico.
...
Ligo para Daphne, avisando os planos de ir a praia e ela confirma que vai ir. Visto um biquini preto básico e por cima um vestidinho, não antes de passar filtro solar no rosto e corpo. Também arrumo uma bolsa de praia com toalha, garrafinha de água e biscoitos para lanche (não esquecendo de colocar vários pacotes já que teria que dividir com um grupo de garotos adolescentes esfomeados).

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𝐎𝐋𝐃 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 ϟ 𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞
FanfictionOnde s/n e Johnny Lawrence descobrem que ainda podem ser bons juntos.