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Me olhei no espelho vestindo meu presente, o vestido de cetim azul. Senti que talvez pudesse estar arrumada demais, mas a festa é minha, não?

Fiz uma maquiagem simples, cuidando pra não exagerar, apesar de sempre exagerar no perfume. Por último coloquei uma sandália fofa de salto baixo e, sem esquecer, o colar dado por Johnny, que combinou perfeitamente com a roupa.

– Filha, como está linda! – Minha mãe elogia quando desço as escadas.

– Nossa bebê já está grande. – Meu pai diz. – Me diz, S/n, como vai ser essa festa? Quer que eu te leve?

– Vai ser na casa do Tommy Russel, sabe? E não precisa me levar, o Johnny vai me dar carona, – Começo a caminhar em direção a porta, demonstrando minha pressa. – inclusive ele já deve estar me esperando!

– Ei, ei! – Meu pai intercepta. – Johnny Lawremce, hm? Cuidado, os garotos nessa idade...

Faço uma careta. – Tá bom, pai, eu sei.

– Divirta-se, querida! – Diz minha mãe.

A companhia toca e eu corro até a porta, fugindo de um possível discursinho.

– E juízo! – Ouço antes de sair.

– Obrigada!  – Grito de volta.

Johnny me espera na entrada da minha casa, ele está vestindo sua jaqueta vermelha do Cobra Kai e está irritantemente bonito nesta noite.

– Boa noite, aniversariante. – Ele me estende a mão.

– Oi, Lawrence, tá gatinho. – Digo enquanto caminhamos até o carro, de mãos dadas.

Ele para do lado da porta do passageiro e a abre, antes de passar por mim seu olhar.
– Você está... incrível, s/n, perfeita.

Sinto minhas bochechas esquentarem e rapidamente entro no carro, para evitar que ele perceba.

– Eu passei aqui umas horas atrás e não tinham feito nada de idiota, espero que não tenham inventado nada depois que eu saí. – Johnny diz ao chegarmos na casa de Tommy.

Entramos na casa, que já estava lotada, a música preenchia ainda mais o local, não foi difícil de encontrar o dono da casa, pois ele está em cima de uma mesa falando alguma coisa aos convidados, que não fazem muita questão de prestar atenção.

– E... – Ele se interrompe ao nos ver. – A aniversariante chegou pessoal! E que deslumbre essa garota é, aplausos a ela: S/n S/s!

Rio, envergonhada do exagero de Tommy, algumas pessoas passam por mim me parabenizando, outras nem me conhecem e preferem fingir que não é uma festa de aniversário. O que é fácil de perceber que realmente não é.

– Caramba, ele tá passando uma vergonha em tanto. – Um garoto diz, parando ao meu lado, se referindo ao discurso bêbado que Tommy faz, mesmo que ninguém esteja ouvindo.

– Ele sempre faz isso. – Johnny diz.

O garoto, então, percebe que não estava falando sozinho. Ou finge.

– Ah! Você é garota, parabéns! – Ele fala para mim. – Merece uma bebida, vem comigo.

– Que isso, cara? Ela nem te conhece.

Rio, porque Johnny é fofo preocupado, mas afirmo o que ele disse. O garoto, sem precisar ouvir outra, vai embora.

– Cuidado com esses malucos. Eu vou lá tirar o Tommy da mesa antes que ele caia e bata a cabeça. – Johnny quase grita para que eu possa escutá-lo, pois a música está ainda mais alta.

𝐎𝐋𝐃 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒  ϟ  𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora