Prólogo

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Primeiro dia de aula. Emoção para os calouros, infelicidade para os alunos do segundo ano e alegria para nós veteranos, que estamos finalmente chegando na linha final do inferno chamado de ensino médio. E é claro que logo no primeiro dia fariam alguma festa.

Então aqui estou eu. Sentada na areia da praia, com um copo do que eu acho que é cerveja - mas é tão ruim que nem consigo decifrar, assistindo adolescentes se meterem em confusão.

Particularmente um. É um garoto novo, não sei o seu nome, mas sei que está se arriscando demais pra quem acabou de chegar. Se metendo em brigas com o valentão e seus capamgas. A sua tentativa de ajudar foi fofa, mas claramente idiota.

Essa festa foi pateticamente chata. Me levanto para ir embora, talvez passar na minha lanchonete favorita e não perder completamente a noite.

Eu até pensei em ir ajudar Ali e o garoto novo, mas realmente? Estava sem paciência para sei lá, levá-lo para casa. Se eu estivesse com um humor melhor eu ajudaria, mas não estou, e não tenho nada a ver com isso.

Quando chego na lanchonete que tanto gosto, procuro uma mesa um pouco afastada dos outros clientes. Um garçom já conhecido, por todas as vezes que fui lá, vem me atender, peço o de sempre.

Enquanto aguardo meu pedido, ouço os sinos da porta, indicando que ela foi aberta. Não sei porque, me viro para ver quem é, e me arrependo no exato instante. Johnny Lawrence e um de seus amigos, acho que deve ser Tommy ou Bobby ou Jimmy, não são todos os mesmos?

Torno a me virar para frente tão rápido quanto olhei para trás. Mas não adianta, posso ouvi-los se aproximarem, felizmente apenas se sentam em uma mesa próxima.

– Ei, s/n! – Ouço o amigo de Johnny chamar. – Senta aqui.

– Hm, não, obrigada.

– Ah, tudo bem, não se preocupe, nós vamos até aí.

– Cara, não, deixa ela. – Ouço Johnny falar, provavelmente sem a intenção que eu ouvisse.

– Que que foi Johnny? Para de mimimi, vamos lá.

O amigo, que eu percebo ser Dutch, não algum dos outros y's, se senta no banco a frente do meu. – Olá. – Ele diz, logo atrás vem Johnny.

– O que achou da festa?

– Incrivel – ele está prestes a dizer algo idiota – ...mente chata.

Vejo um pequeno sorrisinho no canto dos lábios de Johnny.

– O seu escândalozinho foi a maior gracinha, Lawrence. Quebrar um rádio? Não esperava muito de você mesmo.

Ele ri pelo nariz. – Está afiadinha hoje, S/s.

Dou um sorriso amarelo. – Você não viu nada.

Me levantei e fui em direção ao balcão, para pedir que minha comida fosse embalada para viagem. Estava irritada por ter sido incomodada até no meu "lugar de paz".

Chego em casa e tento fazer o máximo de silêncio, sei que minha mãe tem um sono pesado, mas como meu pai não está em casa ela se mantém mais alerta e não quero assustá-la.

Levo a comida para o meu quarto e logo escuto o barulho de uma moto, avisando que alguém chegou na casa vizinha. Eu sei quem é. Espero alguns minutos antes de espiar pela janela e lá está ele, no seu quarto, aparentemente irritado. Eu observo quando ele tira a camiseta, penso no quanto ele mudou desde que o conheci, paro de olhar antes que ele tire o resto da roupa.

Coloco uma música no meu toca fitas e abaixo o volume. Antes que leia o resto dessa história, precisa saber de algo, Johnny Lawrence é meu vizinho desde que nasci e fomos melhores amigos durante muito tempo, mas isso foi antes do ensino médio.

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Oii, esse é o prólogo, por isso é mais curtinho :)

Imaginem que eles (ou vcs) são vizinhos de janela, como em Cidades de Papel ou sla Riverdale

𝐎𝐋𝐃 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒  ϟ  𝐉𝐨𝐡𝐧𝐧𝐲 𝐋𝐚𝐰𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora