O Impostor

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 O método Valknut era brutal. Sanguinário. Todos temiam.

 Enquanto no sul faziam uso de algo limpo, no norte usavam da bestialidade para demonstrar poder e causar medo. Até o guerreiro mais cruel se acovardava diante da possibilidade de morte pelo Valknut.

 Mas… era um método pouco usado. Somente em guerra e para traidores ou pessoas que haviam extrapolado os limites aceitáveis. Assim, já faziam uns bons anos que não se ouvia falar sobre...

 Dois cortes precisos com a espada. Um decapitava a cabeça e o outro, abria um buraco no peito para se arrancar o coração. Uma forma desonrosa de morrer, sua mente e rosto separados do corpo, assim como o órgão vital que bombeava seu sangue, algo que você dificilmente desejaria até mesmo para seu pior inimigo.

 Valknut, ou nó dos mortos, fazia uma bagunça, sangue jorrava para todos os lados, por isso, a visão não era boa e revirava o estômago dos mais fracos.

 Jeongin havia viajado com cinco acompanhantes e na carroça que traziam, havia um caixão improvisado de madeira simples. Com um pedido de Jeongin, eles trouxeram este caixão ao meio do salão e lá, todos olharam com receio pelo que veriam. Todos tinham escutado histórias com muitos detalhes para saber que aquele castigo mexia com a mente de qualquer um e a imagem se assemelhava a um pesadelo.

 Changbin estremecia, lembrando-se das poucas vezes que presenciara mortes por Valknut. Uma dessas mortes havia sido de seu pai… um suposto traidor, que espalhara segredos militares para o clã sul, um dia antes de uma das batalhas mais letais que os dois clãs tiveram. Aquilo fazia exatos treze anos… Changbin tinha somente dez anos quando um guerreiro bateu à sua porta e sem empatia nenhuma, jogou na entrada da casa um coração humano. 

 Seo ainda lembrava de cada palavra que o homem lhe disse: “o coração de um traidor, tão podre quanto as trapaças de Loki. O fim que ele teve, foi o que ele mesmo plantou e seu corpo ficará exposto por três dias e três noites na praça do vilarejo. Considere isso um recado garoto, quem trair o norte, sofrerá cada consequência sem o mínimo de perdão.”

 A mãe de Changbin o puxara para um abraço, amaldiçoando o homem por fazer aquilo com uma criança. Mas era tarde demais, as palavras ficaram presas na mente de Changbin e ele viu, mais tarde, o corpo de seu pai. Não haviam nem mesmo piadas sobre aquela morte, pois todos tinham medo de acabarem daquela forma e ao passar na frente do corpo exposto, todos faziam preces para não serem os próximos.

 Sua mãe entrara em uma profunda depressão depois disso, jurando com todas as suas forças que o marido nunca trairia o norte. Changbin nunca disse em voz alta, contudo ele sabia que ela estava certa. Nunca havia engolido aquela história do pai. 

Mesmo sendo o filho de um traidor, Minho o abraçou como se fosse um irmão e o colocou em um alto pedestal. E aquele que ousasse fazer qualquer comentário de Changbin, intimidando aquela criança solitária e presa ao pesadelo daquela imagem… Minho havia dado um jeito.

O Festim dos Clãs | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora