A viagem de volta ao norte havia sido tranquila.
Minho estava se sentindo leve, acima de tudo. Passar um tempo ao lado de Jisung o fazia muito bem e mesmo com todo o caos que parecia os esmagar a cada dia, ele ainda sentia seu coração bater animado.
Conversou com Changbin e Christopher sobre ideias para proteger o seu clã e evitar mais mortes dos seus. Planejou junto deles possíveis formas de obter informações e quando perceberam, estavam diante do grande portão nortenho. Era sempre assim quando ficavam imersos em suas conversa.
Os vikings que faziam a ronda os cumprimentaram com respeito, ansiosos para saber se houve algum embate e se Minho havia feito algum sulista sofrer.
Lee evitou responder esse tipo de coisa, negando-se a alimentar esses pensamentos em seu povo. Ao invés disso, convocou uma reunião com todos.
No meio da praça, ele se via rodeado por mulheres, homens e crianças. Todos os rostos familiares do seu povo.
— Fui ao sul atrás de possíveis pistas. Eles não têm nada a ver com a morte de Vidar. Disso tenho certeza e deposito toda minha confiança no clã de meu noivo — falava em voz alta, para que todos pudessem escutar. Viu olhares raivosos e desconfiados, e antes que alguém pudesse o atrapalhar, continuou: — Além disso, durante nossa estadia por lá, o filho da líder Yang nos trouxe uma notícia um tanto intrigante… Alguém do oeste foi morto, pelo método Valknut.
Silêncio reinou e Minho encarou cada um com atenção, à procura de qualquer hesitação ou mudança de expressão. Fixou os olhos, principalmente, nos guerreiros que sabiam o método como ninguém.
Todos pareciam assustados e surpresos. Nenhum olhar entregava possível culpa. Havia sido um dos seus? Tudo indicava que sim, mas algo no coração de Minho afastava essa ideia.
Sabia que seus olhos não eram caridosos naquele momento. Tampouco queria que fossem. Eram seu povo, mas se havia um traidor entre aquelas pessoas, ele precisava ser duro. Precisava deixar de lado o amor que tinha pelos seus. Precisava ser firme, assim como seu pai foi e os que vieram antes dele.
— Se alguém souber de algo, mesmo que seja uma mínima informação, eu espero que me conte, pelo bem do norte — sua voz soava assustadora e ele sabia que todos estavam temendo pelo pior. Minho não deixava este lado vir à tona na frente dos nortenhos. Mas era um momento delicado que pedia atitudes mais rudes. — E se o traidor que ousou matar alguém usando esse método sagrado em vão, estiver aqui, ouvindo isso… — começou com uma voz mais ameaçadora, colocando a mão na bainha de Signe. — Saiba que se eu descobrir seu nome, você vai desejar não ter nascido e muito menos, ter me desafiado dessa forma.
Deixou todos com expressões de choque, os deu às costas e seguiu para o refúgio de seu trono.
O grande salão o abraçou com o calor da fogueira e com um silêncio confortável. Ele estava mais do que exausto; de tudo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Festim dos Clãs | Minsung
Fiksi Penggemar"Dois clãs rivais iriam se juntar graças a uma aliança. Entretanto, Minho não estava satisfeito ao saber que não se casaria com seu desejado, Han Jisung. Dessa forma, depois de uma noite que passam juntos, os planos mudam. Agora, de casório marca...